Para quem deseja, a internet, além de servir para se divertir e passar o tempo, também pode ser uma forma de agregar conhecimento e expandir o leque de referências. Conhecer novas cidades e países, aprender novas línguas, visitar museus, ter acesso a obras, músicas e filmes raros, palestras e até participar de cursos gratuitos e fóruns são algumas das tarefas possíveis no ambiente em que “o céu é o limite”. Por meio da rede, em questão de minutos é possível aprender desde a manusear um programa de computador até fazer um tour pelo Japão, conhecer a casa do artista plástico brasileiro Cândido Portinari ou ainda visitar a caverna de Lascaux, na França, para verificar as diversas pinturas rupestres feitas pelos homens há mais de 17 mil anos a.C.
Muitas pessoas já descobriram o quanto a internet pode ser útil e fazem uso do espaço com frequência para aprimorar a bagagem de conhecimento e agregar novos conteúdos, seja por meio de um computador ou do celular que possibilita pesquisas imediatas. O músico Emerson Moura é uma das pessoas que já aproveitou e continua a fazer uso da rede, inclusive, para aprimorar seu currículo.
“Já fiz cursos on-line de finanças, gestão empresarial, segurança alimentar, produção musical e estou sempre buscando tutoriais relacionados à produção musical e informática. Quase tudo que se deseja aprender está disponível na internet. Os cursos que eu fiz foram muito bons. Com um pouco de vontade dá para aprender”, frisou o músico, que também destacou que desde que comprou o computador, há treze anos, a internet se tornou sua fonte de conhecimento até para aprender a operar a máquina.
A professora Renata Mariana Bernardi também faz uso da rede para se aprimorar. Atualmente, ela usa internet para aprender francês, desenvolver seu inglês e direcionar seu projeto de mestrado e também para ter acesso a conteúdos diferenciados.
“O que faço com mais intensidade além de estudar, é ter acesso a notícias, saber sobre livros, cinema e música. Sempre uso a internet para conhecer o novo, o que não temos acesso de uma forma massiva por outros meios como a televisão e o rádio”, destacou.
Além dos conteúdos, Renata e Emerson também disseram que usam a internet para se conectarem com outras pessoas a fim de discutir e aprender mais sobre temas que lhes interessam. No caso de Renata a busca é por informações e debates relacionados à história e Emerson, é claro, opta por fóruns direcionados à música “Eu participo de vários relacionados à produção musical, onde trocamos conhecimentos sobre técnicas de áudio, softwares de gravação, etc.”
Mas, pesquisar e participar de fóruns e discussões não é só para Renata e Emerson,o bancário Felipe Antunes também é da tribo dos “xeretas da rede” que usa a internet tanto para agregar conhecimento como já usou para programar seu roteiro de viagens por países como Suíça, Itália e a Turquia. “Participo de fóruns e grupos de discussão quando tenho alguma dúvida na matéria que estou estudando e quando estou programando uma viagem: obtenho dicas, sugestões de passeios e encontro gente interessada em viajar também”, frisou.
Internet como complemento
Apesar de a internet ser considerada uma janela capaz de expandir o aprendizado das pessoas e ser admirada por muitos, o doutorando em Educação Fabiano Correa da Silva, acredita que é preciso ter em mente que não é somente da rede que a bagagem de conhecimento deve ser alimentada. “Não acredito que o conhecimento não deva se dar somente por via online, o conhecimento deve ser fruto de relação entre as pessoas que também devem complementar o estudo com os livros”, frisou.
Em Mogi Guaçu, o professor já atua com a internet nas salas de aula de escolas particulares, em que alunos fazem uso de ipads no processo de aprendizagem. No entanto, apesar a importância da rede “por enquanto apenas 25% das aulas podem ser de forma digital, o restante é o domínio do professor, que hoje tem o papel de nortear o aluno frente à quantidade de informação; a pessoa entra e não sabe onde vai chegar”, disse.
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