Considerado um dos cartões postais de Mogi Mirim e ponto de passagem de centenas de pessoas todos os dias, a Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho, acumula nos últimos anos uma série de problemas relacionados à infraestrutura. E, um projeto que poderia sanar parte desta situação, ao que tudo indica, deve esperar um pouco mais. Anunciado pela Prefeitura em julho do ano passado, o batizado ‘Rota Acessível’, projeto de acessibilidade no Jardim Velho e parte de um processo de revitalização previsto na área, esbarra na falta de recursos para sua elaboração. Diante de uma grave crise financeira municipal, não deve sair do papel tão cedo.
A situação não é difícil de ser compreendida. Com o caixa em baixo, o projeto só será colocado em prática por meio de uma autorização do Governo do Estado e mediante obtenção de recursos estaduais ou federais. Entretanto, nesta semana, o Executivo informou que o recurso que trata sobre o projeto está contingenciado, ou seja com recursos bloqueados ou suspensos pelo governo federal, assim como outros no Estado, o que dificulta sua execução. O contingenciamento faz parte do ajuste fiscal promovido pelo governo visando alcançar a meta do superávit primário, após déficit no orçamento provocado pelo ruim momento da economia.
Estrutura
Elaborado pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida em parceria com a Secretaria de Captação, Gestão e Controle, o projeto tem como premissa equacionar um dos problemas na praça: a acessibilidade. A intenção da Prefeitura é construir rampas, pisos e toda a estrutura necessária no Jardim Velho, visando melhorar a locomoção de cadeirantes, que atualmente não encontram boas condições para se locomover na região. Para se ter uma ideia, na parte de cima da praça, no espaço onde existe uma rampa de acessibilidade, há uma base de semáforo para pedestres, dificultando ainda mais o deslocamento.
No ano passado, a Prefeitura informou que seria necessário cerca de R$ 188 mil para a obra. Parte viria da Secretaria do Direito da Pessoa com Deficiência do Estado, e o restante como contrapartida do Executivo.