A Praça Floriano Peixoto, mais conhecida como Jardim Velho, na região central, é estudada pela Prefeitura como ponto de integração das linhas do transporte público coletivo. A informação veio à tona durante apresentação do Grupo Fênix, na tarde da última segunda-feira, dia 14, no plenário da Câmara Municipal.
A Fênix, empresa que atua no segmento de serviço de transporte de passageiros há 65 anos e está presente em mais de 30 municípios do Estado de São Paulo, em breve, deve assumir o controle das ações da Santa Cruz Transportes, que hoje é a concessionária do transporte coletivo de Mogi Mirim.
A reunião contou com a presença do diretor do Grupo Fênix, Victor Hugo Chedid, secretários municipais e demais representantes do Poder Executivo, além de vereadores e assessores parlamentares. Conforme a Secretaria de Transporte, Trânsito e Serviços, devem sair três linhas do Jardim Velho com destino à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na zona Leste, prédio que está em processo de abertura. Nesse ponto, os ônibus passariam entre 15 a 20 minutos. O projeto já é trabalhado pela empresa junto ao departamento de Trânsito.
Até então, a responsável pela Santa Cruz ainda é o Grupo Benfica, que deteve a gestão logo após a saída da família Mazon. Essa alteração no quadro societário será concretizada, de forma oficial, somente depois da autorização do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB). Procurada por O POPULAR, o Executivo esclareceu que o processo de anuência está na Secretaria de Suprimentos e Qualidade.
A Secretaria de Negócios Jurídicos também estuda os documentos para análise e emissão de parecer. A previsão é que a documentação seja encaminhada para decisão do prefeito na próxima semana. A anuência prévia é dada com vários requisitos e pode ser desfeita se a empresa não atender às condições estabelecidas.
Pesquisa
Com o intuito de identificar os problemas do transporte público junto à população local, a empresa realizou, no período de 21 a 27 de junho, uma pesquisa de satisfação com os usuários em todas as linhas do serviço público de transporte em vários pontos da cidade. Foram entrevistadas 1.163 usuários.
Eles responderam a seis perguntas sobre a satisfação do serviço prestado com relação aos seguintes pontos: limpeza dos veículos, pontualidade, atendimento dos motoristas, horários, itinerários e manutenção dos ônibus. A manutenção dos coletivos, por exemplo, teve 74,68% de reprovação dos usuários. Nos quesitos horários e pontualidade, a qualidade do serviço também foi reprovada.
Propostas
Uma das propostas da Fênix é a renovação da frota de veículos. Para isso, a ordem de investimentos é estimada em R$ 8 milhões. De acordo com a empresa, no prazo de até 150 dias, será feita a renovação da frota de modo que a idade dos veículos não ultrapasse, no máximo, cinco anos. Atualmente, os ônibus da cidade têm idade média superior a sete anos.
Além de maior conforto aos usuários, a medida terá também um ganho ambiental, uma vez que os coletivos mais novos utilizam biocombustível e Arla 32, reduzindo em quase 100% a emissão de gases poluentes na atmosfera. A empresa ainda pretende investir R$ 400 mil na aquisição de um novo sistema de bilhetagem eletrônica, com reconhecimento biométrico, e na capacitação dos colaboradores.
Durante a implantação, será realizado o recadastramento de todos os estudantes do município, portadores de necessidades especiais e idosos, além de passageiros comuns. Segundo o diretor da Fênix, o atual sistema é defasado, o que facilita a sonegação de tributos e a evasão de receita.
Bilhete eletrônico
Os usuários poderão realizar a recarga de seus cartões em pontos instalados pelo município, que devem ser localizados em regiões de alta concentração populacional e que tenham ampla disponibilidade de dias e horários de atendimento.
O objetivo é incentivar de 75% a 80% o uso do cartão. Questionado sobre a possibilidade do bilhete único, Chedid acredita que o benefício seja válido se as linhas estiverem bem planejadas. O diretor não mencionou sobre possibilidades de reajuste da tarifa.
