Foram três mandatos como vereador, e algumas semanas como suplente, entre 1996 e este ano, antes de chegar ao cargo máximo dentro da Câmara Municipal. Com 51 anos, o vereador João Antonio Pires Gonçalves, o João Carteiro (PMDB) é o novo presidente do Legislativo, cargo conquistado em dezembro e assumido na última segunda-feira. Ao O POPULAR, ele comentou sobre suas perspectivas na nova função e o que deseja implementar dentro da Câmara. Além de mudar, em parte, a condução de projetos e matérias, quer acabar com conflitos internos e o que considera uma ciumeira.
“A coisa que mais desejo fazer é que a oposição não tenha tanta reclamação igual teve nesses dois anos em relação às matérias, aos projetos, na qual o prefeito mandava com urgência e não dava tempo para os vereadores da situação e oposição analisarem. Uma coisa que não vou aceitar é atropelar os projetos”, explicou, citando, que a ideia poderá ter exceções, de acordo com o projeto e sua necessidade, e que se for necessário fará audiências públicas e convidará técnicos da Prefeitura para debates.
Junto a isso, quer eliminar discussões e a vaidade entre os edis. “Quem acompanha de fora tem a impressão que é muita intriga pessoal, mas para mim isso é falta de estar junto, de uma união maior entre os vereadores. O que não pode ter é essa ciumeira, essa briguinha. Precisa acabar com essa briga de ego, que tem muito”, opinou.
Seu desejo é promover reuniões entre todos os vereadores semanalmente.
Oposição e nova sede
João Carteiro vê a oposição, atuante em 2014, e sempre em cima de qualquer falha de Gustavo Stupp, de duas formas. “Vejo a oposição em duas visões. Tem certos vereadores da oposição que o projeto pode ser bom, que ele vai votar contra porque ele quer que o prefeito não faça um bom governo para poder usufruir disso na próxima eleição. E tem uma outra ala que gosta de analisar, de fazer emendas”, frisou, complementando, que por outro lado, não aprova atitudes vistas dentro do plenário. “Tem vereador que brinca de ser vereador, a pessoa precisa ser mais séria”, cutucou.
Assunto discutido de forma incessante pelos vereadores nos últimos meses, a mudança do prédio da Câmara, ao que tudo indica, para um imóvel na Praça São José, é necessária a fim de levar melhores condições de trabalho. “Há necessidade de mudança com certeza, não por questões que o prédio esta ruim e que precisa reformar, mas por questão de espaço. Na reforma não tem como você aumentar. Precisa de um espaço amplo, novo”, reforçou.
Stupp está no banco de reservas
Vereador da base do governo de Gustavo Stupp, João carteiro comenta que possui um relacionamento amigável com o prefeito e admite que no momento, sua imagem não é positiva. Ela precisa melhorar daqui para frente. “Vamos dizer que ele está no intervalo do jogo, precisa entrar e mudar. Ele vai ter dois anos para reverter essa imagem, que hoje não é boa”, confessa.
O presidente relata que não será o testa de ferro de Stupp no Legislativo. “Tenho um bom relacionamento, mas não vou ser o líder dele para defendê-lo”, concluiu.