Três jogadores foram presos em flagrante, na noite de segunda-feira, após tentarem dar golpe no comércio de Mogi Guaçu fazendo compras com dinheiro falso. O motoboy de uma casa de sucos foi fazer uma entrega em um Centro de Treinamento de futebol e recebeu uma nota de R$ 50. Ele devolveu troco de R$ 35,50 e foi embora. No entanto, ao chegar ao estabelecimento, a gerente percebeu que o dinheiro era falso e acionou a Guarda Civil Municipal (GCM).
Uma equipe das Rondas Ostensivas Municipais (Romu) da GCM se deslocou até o Centro de Treinamento do Bola Top, localizado dentro do Ilha Clube, na Vila Champion, onde os jovens passavam por um período de avaliação, e revistou o quarto em que os três acusados estavam alojados. Com um dos rapazes havia uma nota falsa de R$ 50. Os guardas municipais ainda encontraram R$ 200 no cômodo e mais R$ 50 dentro de um pote de suplemento.
O jogador Gabriel Pereira Aguiar, de 18 anos, disse que viu um anúncio de venda de dinheiro falso pelo Facebook. Ele entrou em contato com o número do celular indicado e foi adicionado a um grupo do aplicativo WhatsApp. No dia 22 de julho, sexta-feira, ele transferiu para uma conta bancária o valor de R$ 160.
Os outros jogadores, Luan Coelho de Souza, de 21 anos, e Douglas Carvalho da Silva, de 19, disseram que foram convidados por Aguiar a comprar o dinheiro. Para isso, cada um teria dado R$ 53,50 para a aquisição do valor. Na segunda-feira, com os R$ 400 comprados em mãos, os jovens decidiram gastar o dinheiro.
Eles, primeiramente, foram até um hipermercado e tentaram comprar uma garrafa de uísque, mas a operadora do caixa percebeu a nota falsa e não efetuou a compra. Em seguida eles chamaram um táxi e desceram até o Centro. Pagaram o taxista com uma nota de R$ 50 e receberam R$ 39 de troco. A última tentativa de usar o dinheiro foi com a compra de uma vitamina da casa de sucos.
Os guardas conduziram os jogadores até a Central de Polícia Judiciária e o delegado Paulo Agostinete determinou a prisão em flagrante ao artigo 289 do Código Penal que pune com a mesma pena para quem falsifica a quem também adquire, troca, cede ou introduz na circulação moeda falsa. Caso condenados, a pena varia de três a 12 anos de reclusão e multa. O motoboy recebeu o troco de volta e até a noite de segunda-feira o taxista não tinha sido localizado.
Explica
Em contato com O POPULAR, o treinador das categorias de base do Bola Top, Cláudio Lopes, o Todinho, atleta de futebol amador em Mogi, lamentou o ocorrido e afirmou que, em dez anos de atuação, nunca um fato desse tipo foi registrado.
“É motivo de aborrecimento porque a gente preza muito pela disciplina”, afirmou. Segundo Lopes, toda assistência foi dada à polícia e à Guarda Municipal. O treinador defende a punição dos culpados, reforçando que tais condutas não podem manchar a imagem da empresa.
Lopes disse que já conversou com os responsáveis dos jogadores, que devem agora tomar as devidas providências com relação ao caso. O treinador ainda descartou a possibilidade dos três retornarem ao Centro de Treinamento. (Com informações de Karina de Araujo da Gazeta Guaçuana)