sábado, novembro 23, 2024
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Jogo Baleia Azul registra caso em Mogi Mirim; psicóloga alerta pais

Um jogo virtual que tem causado alarme no mundo todo e tirado o sossego dos pais. O “Baleia Azul”, game disputado em comunidades fechadas nas redes sociais, é uma proposta perigosa aos adolescentes. Trata-se de uma série de 50 desafios que envolvem, entre outras ações, a automutilação, culminando com o suicídio.

Uma das missões é desenhar uma baleia no braço, cortando a pele (Foto: Imagem ilustrativa /Divulgação)

De acordo com informações divulgadas na imprensa nacional, aparentemente, o fenômeno começou na Rússia, mas está se espalhando, inclusive no Brasil. Pelo menos três mortes suspeitas de estarem relacionadas ao suposto jogo já são investigadas pelas autoridades locais de Belo Horizonte-MG, Pará de Minas-MG e Arcoverde-PE. O Ministério da Justiça já determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o jogo.

No dia 20 de abril, um caso de desaparecimento, supostamente envolvendo o game, foi registrado pela Polícia Civil de Mogi Mirim. Segundo o boletim de ocorrência, uma mãe relatou que seu filho, um adolescente de 15 anos, havia desaparecido para cumprir etapas do “Baleia Azul”. Em depoimento, ela ainda contou que percebeu em seu braço esquerdo a tatuagem de uma baleia, desenho feito com uma lâmina de barbear. Contudo, ao ser questionado, o jovem disse que havia saído do game.

Em contato com uma amiga do adolescente, a mãe soube que o estudante já estava no estágio final do jogo. Ele teria comentado com a colega que, quando chegasse no último desafio, “iria até o último andar de um prédio e pularia para a morte”, conforme descrito no boletim. O menor já foi encontrado e deve passar por exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML) de Mogi Guaçu, a fim de apurar a lesão a qual se submeteu.

Para a psicóloga Luciana Gomes Almeida de Souza, o tema, embora bastante polêmico, serve de alerta para um momento que costuma ser de fragilidade nas relações familiares, o da adolescência. Em entrevista ao O POPULAR, Luciana contextualizou o assunto e reforçou a importância do diálogo nas famílias e o debate em ambientes educativos e comunitários.

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