sexta-feira, novembro 22, 2024
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Jorginho sai do Governo e fala em ‘máfia do ISS’ dentro da Prefeitura

O secretário extraordinário Jorge Vinícius dos Santos, o Jorginho, confirmou oficialmente sua saída na tarde de ontem em coletiva de imprensa e aproveitou para fazer acusações contra a empresa Sigcorp, que o acusou de ter pedido suborno para que a empresa vencesse a licitação. Jorginho revelou a existência de uma possível “máfia” dentro da Prefeitura.

Segundo Jorge, servidores da Prefeitura, poderiam estar envolvidos em um esquema ilegal (Foto: Everton Zaniboni)
Segundo Jorge, servidores da Prefeitura, poderiam estar envolvidos em um esquema ilegal (Foto: Everton Zaniboni)

Segundo ele, servidores da Prefeitura, ligados à Secretaria de Administração e Finanças, poderiam estar envolvidos em um esquema ilegal de desvio de dinheiro público provenientes da arrecadação de Impostos Sobre Serviços (ISS). O rombo nos cofres públicos pode ter chegado a R$ 30 milhões, segundo estimativas iniciais.

“Esse é um valor estimado, com base no que estamos arrecadando agora, com o novo sistema. Ainda dependemos do Banco de Dados que a empresa nunca disponibilizou”, revelou o ouvidor Paulo Ricardo Menna Barreto de Araújo.

Dois servidores seriam afastados ainda ontem para apurar possível participação no esquema. Outro funcionário que também estaria envolvido pediu exoneração na semana passada e por isso não será incluído na sindicância aberta pela ouvidoria municipal. Todos eles exerciam a função de auditor fiscal de renda.

“Eram essas pessoas que operavam o sistema e tinham contato com a empresa. Pode ser que tenham feito alterações dos valores no relatórios”, confirmou Jorge. Ontem a Prefeitura enviou um ofício ao Ministério Público solicitando que a promotoria entre na investigação.

“Fui procurado uma vez e o representante da empresa disse que queria ser parceiro dessa administração. Ele disse: ‘nós já éramos parceiros da outra gestão, não vamos acabar com essa parceria’”, contou.

A secretária de Administração e Finanças, Elisanita Aparecida de Morais, afirmou que há muitas incoerências nos relatórios que a Prefeitura possui. “A nossa maior contribuinte era uma empresa de xerox. E uma outra empresa que estava entre os dez maiores contribuintes estava isenta”, completou.

Dados de fevereiro revelam que houve um crescimento R$ 1,9 milhão, o que representa 67% na arrecadação em relação a janeiro, último mês do serviço prestado pela Sigcorp. Segundo a Prefeitura as suspeitas estão sendo investigadas desde setembro do ano passado.

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