Jornalista pelo Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino (Unifae) e com pós-graduação em Gestão de Marketing pela Universidade de São Paulo (USP), Adriele Amaral, moradora de Mogi Mirim há 30 anos, com apenas um ano vivido em sua cidade natal, Piracicaba, lançará seu primeiro livro na noite de amanhã. A obra se chama A estranha vida de Dolores Moreira e se trata de um drama, mas que, de acordo com a escritora, carrega boa dose de mistério e suspense! O lançamento do livro ocorrerá a partir das 20h, no espaço UnderPub Music Burguer Beer, localizado à Rua Ministro Cunha Canto, n° 1025, no Centro, em frente ao Fórum. A entrada no lançamento, que contará com sessão de autógrafos, é gratuita, mas quem quiser adquirir a obra, cada livro estará sendo vendido por R$ 40. Há a opção de comprar a obra antecipada (veja em Serviço).
A escritora, que também é uma leitora assídua e tem como referências Clarice Lispector, Agatha Christie, Guimarães Rosa e Stephen King, por exemplo, contou que a Estranha Vida de Dolores trata da história de uma mulher que chega até uma cidade do interior e causa curiosidade nas pessoas, que querem saber de onde ela vem. O nome dela é Dolores, que não tem mala e nem documento e parece “estranha” ao olhar dos cidadãos, mas que logo faz uma amizade na cidade, inclusive, com uma adolescente chamada Juliana. Juntas, elas perpassam por vários temas que fazem parte do universo feminino, como machismo, maternidade, cobranças em relação ao que as pessoas esperam de cada fase da vida de uma mulher, depressão pós-parto, entre outros. “É uma história sobre mulheres e para mulheres, já que muitos dos dilemas apontados no livro são vivenciados por várias de nós, diariamente, ao mesmo tempo que mescla um pouco de mistério e suspense. Afinal, quem é Dolores Moreira? Por que ela foi parar naquela cidade? O que aconteceu na sua vida?”, questionou Adriele.
A editora responsável pela publicação é a Patuá, o qual a autora já conhecia o trabalho. Adriele disse que sabia sobre as ações da editora por meio das redes sociais e que resolveu enviar o trabalho sem saber no que iria dar. Bem aquela história de tentativa e erro mesmo!
“Resolvi enviar na ‘caruda’ para o editor, sem conhecê-lo. O Eduardo (Eduardo Lacerda) foi muito bacana e respondeu que iria publicar. Além da Patuá, recebi outras respostas positivas, mas como era minha primeira opção, optei por ela. Apesar de ser uma editora independente, ela já conquistou vários prêmios importantes, até o Jabuti do ano passado, na categoria contos, então dei prioridade a ela”, ressaltou.
Mas até sair da gaveta foi aquilo, demorou um pouquinho. Isso porque Adriele contou que tinha a ideia toda na cabeça e já escrita, mas havia engavetado porque sempre achava que era necessária uma mudança aqui e outra acolá. Mas, chegou uma hora que Dolores quis vir à tona. Então, nesse sábado ela nascerá para o mundo, após os variados processos que antecedem a publicação de uma obra.
Em relação à capa do livro, a escritora explicou que quis que tivesse relação com o seu conteúdo: “A capa foi feita pela editora. A ideia era trabalhar com todas as nuances da Dolores, que são expostas no livro. Por isso, a capa é uma espécie de colagem, mostrando que todas nós somos vários recortes de experiências que vivemos e que ajudam a formar nossa personalidade”.
No site é possível comprar com antecedência
No site da Editora Patuá, que promove o pré-lançamento, você pode conferir um trecho do livro, e também fazer sua compra antecipadamente.
“Ninguém a conhecia. Chegou timidamente, mal falava. Era reservada e tinha aqueles olhos grandes e estranhos. Sombrios, eu achava. Dizia que se chamava Dolores. Agora, me digam… que diabos de nome é esse? Para mim, ela era uma assassina. Certamente, com um nome desses, boa coisa não era. Afinal, se era para escolher um nome falso, porque não Maria ou Amanda? Por que tinha que ser Dolores? Culpa no cartório, só podia”.
Outro livro
Adriele contou que já tem outros projetos engatilhados para serem publicados e que a obra que se dedica, atualmente, também trata sobre a temática das mulheres. “No momento, estou escrevendo uma ficção científica, é sobre uma mulher que acorda em um universo paralelo e não sabe se está louca ou se está em um mundo alternativo”.