O jovem Henrique Gonçalves da Silva, de 18 anos, morreu na madrugada de domingo, na Santa Casa de Misericórdia local, onde estava internado desde a noite da última sexta-feira, dia 18, quando sofreu um grave acidente de trânsito na Rodovia dos Agricultores.
O acidente ocorreu por volta das 19h50, nas proximidades do trevo de acesso da Rodovia SP-340. Silva conduzia uma bicicleta, sentido a Mogi Mirim, no momento em que foi atingido por uma pickup Saveiro, cor prata. A parte frontal do veículo foi totalmente danificada. Devido ao choque, a traseira da bicicleta também ficou destruída. Segundo o boletim de ocorrência, registrado como caso de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, o motorista da Saveiro teria fugido, abandonando o carro na via.
A vítima, gravemente ferida, foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os familiares disseram que o jovem deu entrada no hospital já em estado de inconsciência. A morte de Silva foi confirmada às 5h do dia 20. A causa, conforme consta no atestado de óbito, foi traumatismo craniano. O corpo foi sepultado às 8h30 do domingo, no Cemitério Municipal da cidade.
Na tarde de ontem, a Polícia Civil informou que a investigação do caso está em andamento e que o condutor da Saveiro foi identificado e será apresentado à autoridade policial para prestar os devidos esclarecimentos. Um inquérito já foi instaurado para apurar as causas do acidente.
De acordo com parentes, o jovem, que era autônomo, chegou do trabalho, no fim da tarde, e foi para a casa da namorada, região da zona Sul. Logo depois, resolveu sair de bicicleta para jogar bola com os amigos em um campinho situado atrás de um guincho, localizado na mesma estrada onde aconteceu o acidente.
“Acabou o jogo, ele pegou e veio na frente. Os amigos pediram para ele esperar. Vi a caminhonete totalmente destruída e a bicicleta do meu moleque em cima da carroceria”, disse o pai de Silva, o caseiro Wilson Orlando da Silva, de 40 anos, em entrevista ao O POPULAR, na noite de segunda-feira.
O caseiro afirmou que seu filho não tinha nenhum tipo de vício e que pretendia cursar faculdade de mecânica. Além do namoro de dois anos e meio, o jovem também deixou dois irmãos. Ele se formou no Ensino Médio, em 2015, pela escola Monsenhor Nora. A Polícia Militar (PM) e a perícia do Instituto de Criminalística (IC) também estiveram no local. O corpo do jovem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Mogi Guaçu e, posteriormente, liberado para o velório e enterro.
Revolta
O pai de Henrique da Silva acredita que a cena do acidente tenha sido adulterada em favor do condutor. “Os caras mexeram na cena do crime. Não a perícia. A perícia fez a parte dela”, frisou. Depois de enterrar o filho, o caseiro agora busca por respostas e pede que a Justiça seja feita. “Eu estou procurando pistas. A nossa Justiça é uma merda. Hoje, foi meu menino. Amanhã, pode ser outro. E ele (o motorista) solto”, desabafou à reportagem.
