Aos dezessete anos, Aline Aparecida Rocha, que vive no bairro Inocoop, em Mogi Mirim, e se formou no Ensino Médio neste ano na Escola Estadual Ernani Calbuci, foi a vencedora do VIII Concurso Literário Orlando Bronzato, o Pintaca, na categoria juvenil, de 13 até 17 anos. Com a obra do “De repente ao para sempre”, Aline tratou sobre o amor entre Valentina e Pedrinho, que surgiu entre poucas palavras em meio ao campo e que, há doze anos, segundo seu texto, continua vivo. Essa foi a primeira vez que autora participou do concurso literário, após ter um insight sobre o tema e decidir participar da seleção.
“A ideia veio de repente, nem iria fazer o diálogo, iria fazer o texto corrido, direto, mas resolvi inserir as falas para deixar o texto mais rico”, destacou ela que por gostar muito de escrever lançou no último ano um livro que trata sobre fé de maneira independente.
No entanto, apesar de gostar muito de escrever Alice disse que irá começar o curso de Direito no próximo ano, mas que a escrita continuará a ser seu hobby, como sempre foi.
Em contraponto a primeira posição que tratou sobre amor, a obra que ficou em segundo lugar teve como tema o crime e o suicídio. O título da obra é Lucinda e foi escrito por Rafaela Rennó Pinto, que mora no bairro Chácaras Areião, em Mogi Mirim. No texto, a autora trata da história de Lucinda, uma policial que é acostumada com cenas de crime, mas que durante o desespero e cheia de culpa na consciência acaba por cometer suicídio. Nos comentários do texto, o júri foi claro “é um texto forte, mas é muito bom”.
Em terceiro lugar foi premiada a estudante Laura Guimarães Rotoli, aluna do Colégio Objetivo e que vive no bairro Murayama III. A autora escreveu a obra A estante mágica que trata da estória de uma garotinha chamada Celine que acaba por ir morar dentro de um livro.
Laura com a obra busca mostrar o quanto um livro pode ser importante para as pessoas, pois permite com que elas se encontrem com diversos conhecimentos e aventuras e “viaje até marte sem sair de casa”, cita ela. Na obra Laura trabalha com a ficção e até com o humor para mostrar a importância da leitura.
Outra obra que foi reconhecida na categoria juvenil foi “O Paraíso de Egeu”, do autor Marco Aurélio Prado Ginez, que é estudante da Escola Municipal de Ensino Básico Francisco Picolomini e mora no Jardim Nossa Senhora Aparecida.
No texto, Ginez trata sobre a Grécia Antiga e a disputa entre alguns jovens para se tornarem o rei de uma terra muito distante. A luta foi armada e a disputa final ficou entre Egeu e Athos, que teve uma espada estocada em seu coração. Assim, Egeu foi nomeado como o rei pela deusa do planeta Terra, a Gaia, mas as coisas mudaram quanto Athos, que esteve na escuridão, voltou para acertar seus ponteiros com Egeu e exércitos precisaram ser mobilizados para alterar a História.
Cada obra trata de um assunto diferente e quem quiser conhecer os textos na íntegra pode ter acesso ao material solicitando o conteúdo na Biblioteca Pública Municipal de Mogi Mirim, que anualmente realiza o concurso.
Confira trechos das obras vencedoras na categoria juvenil:
“Sonharei contigo todas as noites para depois vir correndo realizar acordado esses sonhos. Vamos ao mundo, vamos pelo mundo, vamos com ou contra o mundo, mas, por favor, não me deixe ir sozinho, vamos nós dois juntos”.
Alice Aparecida Rocha, 1º lugar.
“Carros passam ainda pela rua que vai ser interditada pelos policiais, pelo simples fato que na minha frente está uma cena de assassinato. Quem diria que em uma casa com aspecto simples, mas com ar aconchegante, onde moravam duas mulheres adultas e uma garotinha, ocorreria algo assim”.
Rafaela Rennó Pinto, 2º lugar
“Com os livros podemos ir até Marte sem sair de casa, ver Bentinho e Capitu, conversar com Pedro Bala e os capitães de areia, conhecer Carlos Drummond de Andrade e entender que não “É preciso casar João”, nem “É preciso ter mãos pálidas”, mas sim ter um livro.
Laura Guimarães Rotoli, 3º lugar
“O rei da escuridão começou a destruir e a incendiar o Paraíso de Egeu, o qual precisava urgentemente fazer algo para evitar aquilo. Egeu pensou em pedir ajuda a seus cidadãos, mas Athos havia capturado todos”
Marco Aurélio Prado Ginez, menção honrosa