terça-feira, abril 22, 2025
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Juba aborda curiosidades do teste físico de arbitragem

Ex-goleiro, o hoje árbitro da Federação Paulista de Futebol (FPF), Luiz Gonzaga Monteiro de Faria Júnior, o Juba, revela como assumiu a nova profissão e conta curiosidades dos temidos testes físicos.
Boteco – Como você começou na carreira de árbitro?
Juba – Tentei a vida no futebol até os 17 anos e quando percebi que não ia ter altura suficiente para ser um goleiro de ponta…
Boteco – Qual sua altura?
Juba – 1,76 metro. Então, fui fazer Educação Física, pós-graduação na área. E chegou um momento que eu precisava ver se colocava minha vida no rumo, depois de casado. E achei que tinha que fazer algo voltado ao futebol. Eu apitava jogos amadores. E decidi fazer o curso da Federação. Aonde eu peguei informações com um dos árbitros que mais considero na região para Amador, o Rodrigo Cardoso. Fiz a inscrição e comecei em 2009 a fazer a escola de árbitros.
Boteco – Um dos principais requisitos é a questão física?
Juba – A gente faz a escola, a cada duas regras, temos uma prova, são 17 regras, a gente tem que tirar as notas e temos simulados do teste físico. Ao término, é obrigatório você passar na prova física, senão tudo que você fez não tem validade. Se você não passar no teste, não se forma. Você passou, está apto a começar a fazer o estágio na escola, nas categorias sub-11 e sub-13 do Paulista.
Boteco – A maioria “morre” no teste físico?
Juba – A maioria “morre” no teste físico. Nós começamos com 120 estudantes o curso e 40% ficaram na prova física. Foi na época um índice muito alto. Inclusive no ano posterior, revisaram os tempos, mas daí foi feito um teste físico com tempo mais alto e depois voltou no teste antigo, mais puxado. Eu nunca tive problema no teste físico, mas eu treino todo dia. Se não treinar, não passa.
Boteco – Alguma situação curiosa nos testes?
Juba – Teve o pessoal da região de Ribeirão Preto, quando aumentou cinco segundos, eles passaram no teste e no final, eles faziam de costas, o final do tiro de 150. Foi um dos motivos que voltou a ser cinco segundos a menos novamente. Porque eles treinavam para cinco segundos a menos. Então como aumentou, eles terminavam de costas que era um tempo fácil para quem se dedicava.
Boteco – Para tirar um sarro?
Juba – Exatamente. Aí o Coronel Marinho voltou ao teste antigo, se tornou mais difícil de novo. Tem árbitro que não consegue terminar, vai embora de ambulância. Tem aqueles que não treinam, depois começam a dar desculpa, vai pra ambulância. Uns que falam que torceu o pé, aí o médico vai ver não torceu nada, tem várias desculpas.
Boteco – Tem os que chegam de ressaca para o teste?
Juba – Bastante. Tem árbitro que não chega para o teste.
Boteco – A parte psicológica também influencia?
Juba – Tem um moço que fez o curso comigo, que ele já fez o curso três vezes. Ele faz o simulado, passa tranquilamente, se prepara, muito bem preparado, chega na hora da prova física que está valendo, ele não consegue passar.
Boteco – Então, você começou apitando no sub-11 e sub-13…
Juba – Depois sub-15, sub-17, sub-20. Aí o ano passado tive oito estreias. Fui o árbitro na história da Federação que teve o maior número de estreias no mesmo ano. Estreei no sub-20 da Primeira, no sub-20 da segunda, na Série B, a quarta divisão, a Bezinha, na A-3, no feminino, quarto árbitro da A-2 e apitei a Copa Paulista. E Copa São Paulo ano passado dois jogos, esse ano três.
Boteco – Juba volta para revelar histórias inusitadas do mundo da arbitragem.

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