Percebo muitas distorções quando o assunto é juventude e carreira. Uma delas é sobre a crença de que o jovem é menos comprometido ou fiel. Dentro deste cenário, a primeira reflexão a ser feita é se o jovem está comprometido com o ambiente corporativo ou se o ambiente corporativo consegue entender o que para ele significa comprometimento.
Quantas empresas conseguem ter claro o seu propósito e gerar uma percepção positiva para este jovem profissional? Todos sabemos o quanto o estado da jovialidade nos faz buscar sentido por meio de sonhos, ideias ou algo maior. Por isso é quase incontrolável o desejo deles de estar em constante busca por algo com um forte significado.
Por este motivo, os profissionais que mantêm a mente jovem querem um sonho todos os dias e isso faz a vida ter um novo sentido. É uma combustão para novos desafios e se a empresa for pouco explícita quanto a sua missão, posso garantir que a motivação deixará de existir.
Já a minha segunda reflexão fica para as empresas que desejam atrair os jovens profissionais: Qual é o sentido de pertencer? Outro aspecto que o jovem profissional traz é qual o valor construído e entregue para sociedade?
Todo jovem, ou mente jovem, tem a missão de mudar ou transformar e fazer a diferença e este valor permeia toda a trajetória que ele pretende percorrer naquela determinada corporação, mas infelizmente, o mundo corporativo se esquece disto. Em negócios que se destacam há uma enorme quantidade de pessoas extraordinárias que compõe o seu quadro de colaboradores que são essenciais e realmente diferentes. São os recursos humanos que determinam o diferencial de uma organização.
A menos de um mês, durante um programa de jovens talentos ministrados pelo Instituto de Thalentos, um profissional confessou que a empresa escolhida para trabalhar tinha sinergia com seus valores, e que recusou várias oportunidades em outros lugares por ferir aquilo que acreditava.
Hoje, um jovem profissional avalia e escolhe o lugar que tem afinidade com seus sonhos, propósito e valores e esse pode ser um ponto crítico para gerar aderência e comprometimento. Essa expectativa requer que as empresas tenham uma atitude assertiva externa e internamente.
Acredito que o jovem profissional valorize o brilho no olhar, e esse vem da felicidade e da possibilidade de poder utilizar os seus potenciais em um local que tem espaço e conexão com seu sonho!
Márcia Dolores Resende é criadora do método engenharia da Felicidade. Diretora e coordenadora de desenvolvimento do Instituto de Thalentos. Atua há mais de 29 anos em desenvolvimento humano, corporativo e educacional. Psicóloga pela UNG, consultora em desenvolvimento Humano, coach com especialização em RH, larga experiência em Desenvolvimento e Treinamento Gerencial.