Uma investigação precisa e minuciosa promovida pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil de Mogi Mirim levou à condenação Sérgio Luiz Sechinato. Kalango, como é conhecido, de 49 anos e que recebeu uma pena de 24 anos de reclusão. Ele foi apontado como o principal autor da morte do itapirense Caio Valério Pinto Ferreira, 61 anos, em março de 2020.
A apuração promovida pelos investigadores possibilitou chegar à autoria após cruzamento de dados, como imagens de câmeras de segurança e localizações de aparelhos celulares, tanto da vítima como do suspeito. Além disso, depoimentos colhidos no decorrer das investigações apontavam Kalango como principal autor e responsável por ter tramado um roubo contra a vítima, com quem possuía laços de amizade.
O crime teria ocorrido entre os dias 19 e 20 de março de 2020. Na manhã, do dia 20, a Guarda Civil Municipal foi acionada por populares que visualizaram quando um carro pegava fogo. Um segundo carro foi visto deixando o local, que fica próximo ao aeroporto municipal. Quando a GCM chegou à área deparou com o veículo, uma BMW, com placas de Itapira, totalmente queimada. No porta-malas havia um corpo carbonizado.
Iniciadas as investigações, os policiais chegaram a Sergio Kalango, que possivelmente não teria agido sozinho. A indicação era de que ele teria tramado e participado da execução. Com a descoberta, foi solicitado um mandado de prisão e, no dia 17 de abril, o suspeito foi preso pelos policiais civis no Jardim do Lago, na Zona Leste.
A motivação do crime seria a prática de roubo, já que dias antes de sua morte, Caio teria relatado ter recebido um alto valor em dinheiro, proveniente da venda de imóvel. As investigações apontaram que a venda não havia se concretizado e que a vítima teria emprestado um certo valor em dinheiro de um conhecido e carregava consigo este montante.
Caio foi trancado com vida no porta malas do seu próprio carro, morrendo queimado. Após chegarem à identificação da vítima e acessarem câmeras de monitoramento de Mogi Mirim, puderam constatar que o veículo GM Cruze, de Sérgio, seguia a BMW de Caio, na entrada de Mogi Mirim.
Juntando isto e mais depoimentos colhidos, perícias feitas no carro do suspeito, o GM Cruze, apontava vestígios de sangue da vítima no porta-malas. Com a perícia feita nos aparelhos celulares apreendidos quando da prisão de Sergio Kalango, o crime foi elucidado e o principal autor, que já cumpriu pena por roubo e tráfico, foi condenado a 24 anos de cadeia pela juíza Maria Raquel Campos Pinto Tilkian Neves, da 4ª Vara do Fórum de Mogi Mirim.