O presidente do Mogi Mirim Esporte Clube, Luiz Henrique de Oliveira, convocou uma assembleia geral extraordinária para o dia 10 de setembro, a partir das 15h, com vistas a apreciação dos sócios da proposta de implantação do modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no clube, bem como outras alterações estatutárias de acordo com a legislação vigente.
Em publicação no seu perfil do Instagram, o dirigente informou que a proposta do SAF no Mogi Mirim foi aprovada pelo Conselho Deliberativo. “O Conselho está dando uma grande contribuição ao clube, além da transformação em SAF, aprovamos as alterações estatutárias que vai permitir que avancemos em direção à modernidade do futebol brasileiro. Agora a bola está com os sócios, vamos ver se eles aprovam as mudanças”, apontou Luiz Henrique, sem apresentar qual a listagem de sócios que será levada em consideração, já que, há anos, é desobedecida uma decisão judicial que dá o direito de ser sócio a todo aquele que comprovar vínculo com o clube, incluindo sócios antigos, costumeiramente barrados e sem acesso a assembleias.
SAF é um modelo especial de constituição de empresas voltada para o futebol no Brasil. Em 8 de dezembro de 2018, este molde de sociedade foi inicialmente proposta por conselheiros e beneméritos influentes do Botafogo (RJ) e elaborado com a ajuda do clube carioca durante três anos, visando melhorar as gestões financeiras e as transparências, sendo oficialmente introduzido por meio da Lei nº 14.193 de 6 de agosto de 2021.
Assim, em 3 de março de 2022, o Botafogo se tornou a primeira SAF oficialmente vendida no Brasil, após a sua venda ter passado por todos os trâmites do processo de aquisição, ao constituir o registro do seu CNPJ novo, além de ter tido a sua venda aprovada no conselho deliberativo e na votação dos sócios, assim assinando o contrato mútuo e definitivo de venda do clube.
O empresário norte-americano John Textor, por meio da Eagle Football Holding, assinou um pré-contrato para adquirir 90% das ações do clube carioca, por um investimento inicial de R$ 410 milhões e absorção da dívida de R$ 1 bilhão, o que totalizou a compra em um valor recorde no Brasil de R$ 1.4 bilhão, além da promessa de entrega de CTs modernos para a base e profissional.
