Esta quinta-feira, dia 12 de dezembro, é um dia importante para o futebol amador mogimiriano. A partir das 19h, acontece a eleição da nova diretoria da Lifamm (Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim). O pleito que elegerá presidente, vices, membros do Conselho Fiscal e outras funções está marcada para a sede da Liga, que fica na Praça Catharino Marangoni, s/nº, no bairro do Tucura. Os dirigentes serão eleitos para o triênio 2020/2021/2022.
O edital de convocação foi publicado no jornal O POPULAR da última sexta-feira, dia 6 de dezembro. Os interessados em concorrer à eleição tinham até segunda-feira, dia 9, para registrar a chapa. A Assembleia Geral Extraordinária será liberada desde que haja quórum, ou seja, mais de 50% dos representantes aptos a votar. Como 72 clubes estão liberados, a eleição acontece a partir da presença de 37 dirigentes (metade + um). A espera para o alcance do quórum será até as 20h.
Mas, como é possível saber quem está apto ou não a votar? A resposta é simples. Seguindo o estatuto da Liga, todos os clubes que participaram de campeonatos em 2019 têm direito a voto. A entidade organizou sete competições: Série A, Série B, Série C, duas edições da Copa Sub23, Copa Society e Veterano. No total, são 75 agremiações participantes. Vale lembrar que a Copa Rural e a Copa Cinquentão não foram promovidas pela Lifamm.
Porém, três delas estão inaptas a votar. Vila Chaib, da Série A, está vetado por ainda não ter pago a multa pela invasão de torcedores na decisão da elite, em outubro. O Meninos do Flamboyant, que jogou a Série B, possui uma dívida em partes da taxa de inscrição para 2019. Já o Millenium, que jogou a Série C, não está apto a votar por ter dado W.O. em fase eliminatória da competição, o que gerou suspensão dos vinculados à agremiação. Os clubes não conseguem reverter a situação já que, segundo informado pelo Liga, o prazo para regularizar as situações e obter a autorização para votar expira 72 horas antes do pleito.
No mais, todos os times têm direito a voto. E isto inclui até repetição de dirigentes. Isso porque clubes que jogaram campeonatos diferentes acumulam votos. A Tucurense, em parceria com o Victória, por exemplo, jogou as duas edições do Sub23, o Society, o Veterano e a Série A. Os dirigentes inscritos como representantes legais são aqueles com direito a voto no escrutínio secreto. Há dois nomes por agremiação nesta ficha cadastral e, em caso de presença de ambos, quem vota é o que consta como presidente.
Os candidatos
Há duas chapas inscritas. A ‘Ideais’ é encabeçada por Sueli Aparecida Batista de Souza Mantelatto, atual presidente da Lifamm. A chapa foi registrada na segunda-feira, dia 9. De acordo com a dirigente, ela estava decidida a não concorrer, o que poderia ocasionar uma eleição por aclamação da outra chapa.
Porém, segundo ela, a formação da chapa oposta não a agradou. Além disso, recebeu apoio de dirigentes para que ela tentasse a eleição. “Quero sentir. Comecei a fazer pesquisas, sentir se há chance mesmo de concorrer com condições de ganhar. Pode ser que chegue na hora e a gente renuncie a chapa. Mas, a ideia é disputar sim”, afirmou Sueli. A dirigente afirmou que os planos da sua gestão sempre foram a longo prazo e que entregará uma administração em ordem, apesar das dificuldades financeiras dos últimos anos. Sueli também informou que os nomes que compõem a chapa só se tornarão públicos no momento da eleição e que o estatuto lhe resguarda este direito.
A chapa de oposição, chamada de ‘Unidos por um novo futebol amador’, já publicou os nomes nas redes sociais desde o final de semana. A inscrição foi efetuada na segunda-feira, 9, com Galileu Alexandre Araújo, da Vila Dias, como candidato a presidente. Leonardo Alvarenga, o Léo, da Tucurense/Victória, é o primeiro vice e o segundo vice é Jonatas Henrique de Lima, o Jhow Jhow. O Conselho Fiscal conta ainda com Tonico (Mirante), André (Acojamba), Juliano (Grêmio), Ronaldo Bento (Paulista), Bé (Millenium) e Paulão (Novacoop).
De acordo com Galileu, o que motivou seu grupo a montar uma chapa foram os pedidos de mudança que ouviram de dirigentes e jogadores das mais diversas áreas da cidade. “A nossa ideia é tornar o processo de decisão da Liga mais democrático, claro e regulamentado. Não é possível que apenas uma pessoa decida o rumo do futebol da cidade. Aceitei encabeçar a chapa porque confio que juntos podemos mudar e a minha história está aí pra quem quiser ver. Não fujo da luta”, afirmou o dirigente, que tem ligação histórica com a Zona Leste, através da Vila Dias e com o Rural, pelo Pombal.
Galileu ainda afirmou que, em caso de vitória, a primeira ação será reunir dirigentes e dar andamento ao citado processo democrático. “Queremos falar com todos. Os que vão votar em nós e os que vão votar em outras chapas também. Ouvir sugestões e mostrar projetos. Vamos propor um novo calendário, fazer a revisão no estatuto da Liga para que as decisões sigam regras claras e tornar o Amador mais organizado e atrativo para quem quiser ser parceiro do futebol. Sempre com muito diálogo”, destacou.
Para vencer a eleição, os candidatos precisam de votos da maioria presente. Apesar do número de 72 clubes aptos, o pleito pode ocorrer com número inferior. Assim, em caso de presença total, a chapa precisará de 37 votos (contra 35 da rival) para sair vitoriosa. Como o número mínimo de dirigentes para dar quórum é de 37, caso haja, por exemplo, 50 presentes, com 26 votos uma das chapas já ficará com a vitória.