terça-feira, setembro 17, 2024
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Luciano Bridi exalta Pita e elege os especiais no futebol amador

No último capítulo de seu bate-papo no Boteco, o zagueiro, volante e meia Luciano Bridi, hoje finalista da Série B do Campeonato Amador pelo Vila Chaib, revela quem foi o jogador mais difícil que marcou, os melhores parceiros e o jogo inesquecível em sua trajetória no futebol amador, onde coleciona conquistas. O atleta também revela sua admiração pelo técnico de futebol amador, Pita.

Boteco – Quem foi o jogador mais difícil de você marcar?

Luciano – O Wagner (Waguininho) sempre foi um difícil, o Nenê, um cara pro Amador muito acima.

Boteco – Qual foi sua melhor dupla de zaga?

Luciano – Eu e o Du quando joguei com o Du, é difícil falar melhor que você joga contra vários, você fala assim, dá impressão que… Vamos falar não como melhor, mas acima da média é o Du.

Boteco – Sua melhor parceria no meio foi com o Açougueiro?

Luciano – Eu e Açougueiro, a gente foi criado junto. O cara que a gente vai jogar, eu já sei o que ele vai fazer, ele já sabe o que eu vou fazer, dentro e fora de campo, a parceria é…

Boteco – Você sempre procurou jogar com o Açougueiro?

Luciano – É, eu acho que a gente acaba se completando, ele joga um pouco mais à frente, eu mais atrás, é o que dá o equilíbrio, e a parceria, a gente sempre em campo. Na época tinha o Bola de Ouro, eu ganhei cinco seguidos, por posição e o geral. Teve ano que não tinha geral, era por posição, mas os que foram geral, eu ganhei 5. E teve um ano que a minha média foi a mais alta e quem entregou pra mim foi o Oscar.

Boteco – Então, você tem as cinco Bolas de Ouro igual o Messi?

Luciano – Quase igual (risos). Essa do Oscar Bernardi eu achei legal por ser são-paulino e a primeira Copa que eu me lembro, que eu sofri foi 82 e ele como zagueiro, eu achava que ele tinha um estilo bacana de jogar, 82, 86. Depois foi campeão com o São Paulo. Ele tinha um estilo bem bacana, ele que veio entregar na época, teve um evento no Opção. Foi bem legal.

Boteco – Qual foi seu jogo inesquecível?

Luciano – Quando eu comecei no Mirante, teve um ano que fomos campeões em cima da Santa Cruz, era Segunda Divisão ainda, o Mirante vinha de uma fase que o pessoal não ganhava nada há muito tempo. E naquela época eu jogava de meia, era mais moleque. Eu fui artilheiro do campeonato e fiz 3 gols na final, 3 a 0.

Boteco – Você teve uma fase mais artilheira?

Luciano – Eu nunca fui de fazer muito gol, mas como eu era mais moleque, tinha mais força para chegar e batia muito forte de fora da área, tinha uma época que eu tinha saído do Mogi e estava muito bem condicionado, então você acaba sobressaindo muito no Amador, mais pelo ponto de vista físico mesmo.

Boteco – Você tem alguma história com o Pita?

Luciano – Do Pita se você pudesse fazer uma referência, eu acho assim, o Pita é um cara que pra mim é, se não o maior, um dos grandes injustiçados da cidade. O que o cara trabalha pro Amador, tirando menino da rua, sempre com a bicicleta dele, levando para baixo e pra cima, sem apoio público nenhum. Sempre brigando, chegou até época de pagar por campo para poder jogar. O Pita é um cara que se é para tirar o chapéu… Ele com a pouca instrução que tem, mínimo recurso que ele tem, o que ele fez pela cidade, do ponto de vista social mesmo… A Prefeitura, alguém tinha que pegar esse cara e valorizar ele um pouco. Pô, um sábado, eu passei esses tempos atrás, a quadrinha no Sehac bombando de gente. Eu: caramba, o que está tendo aí? O Pita lá no meio, a molecada tudo em volta. Eu pensei, sabe assim, eu estou com 44 anos, comecei a brincar com 10, 12, vamos falar 30 anos atrás, o mesmo trabalho que ele fazia, cara! Esse tem que tirar o chapéu.

Boteco – Valeu, Luciano!

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