sábado, abril 19, 2025
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Luciano Bridi recorda “ajudinha” para Leto no Carrossel Caipira

Colecionador de títulos no Campeonato Amador, o volante e zagueiro Luciano Bridi relembra a época de juniores no Mogi Mirim, quando participava dos treinamentos com o Carrossel Caipira, comandado por Vadão.

Boteco – Quais suas recordações dos tempos do Carrossel?

Luciano – Eu estava nos juniores. Naquela época tinha o aspirantes, eu jogava nos aspirantes e treinava com o profissional. Eu treinava no time de cima, foi na época que chegou o pessoal do Carrossel, Rivaldo, Leto, Válber.

Boteco – Você chegou a ver todos eles chegando?

Luciano – Sim, naquela época jogava com três zagueiros e sobrava para eu marcar o Leto. Ele (Vadão) jogava no mesmo sistema os dois times (titular e reserva).

Boteco – Teve alguma história curiosa?

Luciano – Teve uma passagem assim… Na época do Carrossel Caipira, a gente fazia coletivo contra o time titular. E ia ter um jogo importante, não lembro se contra o São Paulo, todo mundo pedindo para chegar devagar. E todo mundo respeitava. E em um lance acidental, em uma bola que eu subi de cabeça com o Sandro Gaúcho, abriu acho que seis, sete pontos no supercílio dele, ele ficou fora e o Leto sempre entrava, mas o titular era o Sandro Gaúcho. Por isso eu encho o saco do Leto: “o Leto, você me deve até hoje” (risos). Daí ele (Sandro) saiu nesse jogo e não voltou mais. O Leto ganhou a posição. Embora já merecesse, né?

Boteco – Como foi ver nascendo o Carrossel? Você sentia que aquele esquema tático seria uma revolução para o interior?

Luciano – É, todo mundo jogava no 4-4-2, 4-3-3 e o Vadão veio com aquele negócio de líbero, tanto que ele recuou o Capone, que era volante. E no primeiro momento, a gente, principalmente que é moleque, aceitava tudo, mas via que o pessoal do profissional ficava um pouco… Não digo que rejeitava, porque todo mundo que vinha ficava um pouco acanhado, será que vai dar certo? E começou a funcionar, mas não foi que todo mundo desde o início acreditava, no meu entender foi ganhando corpo no campeonato.

Boteco – E a questão da rotatividade, muito treinamento?

Luciano – Jogava com três zagueiros, ele dava liberdade pros laterais e o meio campo ficava muito povoado, porque os dois alas chegavam. Geralmente os times jogavam com dois atacantes, dois zagueiros marcavam, um sobrava e dava liberdade pro restante atacar. Mas eu acho que não foi só o pensamento. Se o Vadão não tivesse os jogadores que tinha, Leto, Válber, Rivaldo, dificilmente ia conseguir colocar em prática. Acho que esses três realmente deram o diferencial.

Boteco – Como era o Rivaldo no dia a dia?

Luciano – O Rivaldo era muito simples, inclusive eu morava no Mirante e ele namorava a Rose na época e ela trabalhava no supermercado que era para cima da casa do meu pai, a gente ia todo dia embora praticamente junto, mas trocava meia dúzia de palavra. Jeitão dele muito simples.

Boteco – E o Leto era mais brincalhão?

Luciano – O Leto já quebrava tudo (risos). O difícil era entender ele, agora ele diminuiu a velocidade de falar.

Boteco – Você já via que eles iam fazer sucesso nacionalmente?

Luciano – Dava pra perceber que era bem diferente. O Válber tinha muita técnica, mas em termos de qualidade individual, do drible, o Leto era muito acima, mas o Rivaldo era muito completo, desde cabeceio, chute, composição no meio, marcação. O Leto ia muito pra cima, mas ele tinha um pouco de dificuldade na finalização. Mas em termos de qualidade, eu ainda acredito que quem tinha mais era o Leto.

Boteco – Luciano Bridi volta para relembrar um episódio com Bentinho, ex-Lusa, e contar como uma contusão nas férias enfureceu Wilson Barros e prejudicou sua carreira no Mogi.

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