Os próximos dias serão agitados do ponto de vista político no Mogi Mirim Esporte Clube. Novembro é mês de eleição em anos ímpares e o clube deverá contar com nova diretoria executiva, além de conselhos deliberativo e fiscal. O edital de convocação do pleito ainda não foi publicado pela atual diretoria, que deve mesmo ser a responsável pela eleição.
Tanto a assembleia destituinte, como a assembleia que alçou João Carlos Bernardi como presidente da diretoria provisória, realizadas no começo de setembro, não foram aceitas pelo Cartório de Registros. Com o caso agora na Justiça, a tendência é de que Luiz Henrique de Oliveira, atual presidente, seja o responsável por chamar os associados ao pleito que decidirá o destino político-administrativo do Sapão em 2020 e 2021.
O pleito precisa ser realizado na segunda quinzena de novembro, seguindo o escrito no Estatuto Social. Além de Oliveira, que já se colocou como pré-candidato, há a possibilidade de entrada como concorrente à presidência de Teodoro da Silva Abreu, atual presidente do Conselho Deliberativo e Luiz Omar Pinheiro, que comandou o CD no segundo mandato de LHO (2016/2017). A única chapa que já é de conhecimento público envolve o grupo Amigos do Mogi, com o engenheiro elétrico Celso Semeghini como o concorrente à presidência.
Cenário político posto e exposto, é importante ressaltar que o clube corre contra o tempo para executar a sua essência em 2020: o futebol. De acordo com Luiz Henrique, o seu plano para o ano que vem é ficar mais uma vez ausente do profissionalismo. O dirigente afirmou que o clube não possui todos os laudos exigidos pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para que o estádio Vail Chaves esteja apto para a disputa da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, a Bezinha. “Há quatro laudos faltantes ainda”. O dirigente afirmou que o único com validade dentro do prazo é o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).
Este documento foi conquistado ainda este ano, durante a gestão terceirizada da J Winners, através do empresário Jaime Marcelo. A Federação exige a apresentação de laudos de vistoria de engenharia, segurança, condições sanitárias e de higiene e prevenção e combate de incêndio. A reportagem procurou a Federação Paulista, para um posicionamento oficial a respeito das condições do estádio, mas, até o fechamento desta edição, não houve retorno por parte da Assessoria de Imprensa da entidade.
Enquanto demonstrou pessimismo em ver o Mogi de volta ao futebol profissional sob a sua gestão, Oliveira fez questão de prometer força nas categorias de base. “Vamos investir muito forte na formação de atletas. O plano é conquistar o certificado de clube formador e disputar em 2020 os paulistas sub11, sub13, sub15, sub17 e sub20”, afirmou Oliveira. O dirigente fez alusão à recente resolução da presidência da FPF, que determinou a criação da Licença Exclusiva de Base, dando a clubes já existem ou recém-filiados a possibilidade de atuar apenas em competições de base, mesmo sem a presença nos torneios profissionais.