A eventual aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido), para a formação de uma chapa às eleições deste ano parece longe de ser apaziguada, tanto do lado petista quanto do lado do ex-tucano. No PT, a resistência à união ainda é considerável. A ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, teria dito que o ex-gestor de São Paulo “será o Temer” de Lula, numa referência a Michel Temer, que se movimentou nos bastidores pelo impeachment da petista e assumiu o comando do país quando da destituição dela. “Absolutamente nada indica que entregar a vice a um golpista neoliberal seja necessário para ganhar as eleições”, enfatizou o petista Daniel Kenzo.
Preço dos
combustíveis
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou esta semana que pretende pautar para votação em plenário o projeto de Lei (PL) 1472/21, que pretende criar uma estabilidade e previsibilidade no preço dos combustíveis para, assim, frear o modelo atual de remarcação e frequentes aumentos nos postos de gasolina. Em nota da sua assessoria, ele disse que submeterá a decisão ao Colégio de Líderes, em fevereiro, para decidir sobre a apreciação ou não do projeto. Pacheco já tem um nome certo para a relatoria do projeto, o senador Jean Paul Prates (PT-RN). O projeto prevê a formação dos preços dos combustíveis derivados do petróleo tendo como referência as cotações médias do mercado internacional.
Câmara deve ter
trabalho remoto
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), indicou que a Casa deve retomar o trabalho remoto, só devendo retornar às atividades presenciais em março, após o Carnaval. O retorno às atividades remotas, entretanto, ainda não foi oficializado, mas Lira disse que a medida é necessária diante do aumento no número de casos de Covid-19 nas últimas semanas, especialmente da nova variante, a ômicron. A Câmara e o Senado estão em recesso desde o dia 23 de dezembro e retomam as atividades legislativas no dia 2 de fevereiro. “Trabalho remoto até o Carnaval. Medida necessária até vencermos esta nova onda. Também vai nos ajudar na melhor aplicação dos recursos públicos”, disse Lira por meio do seu Twitter.
Centrão não garante
apoio a bolsonaristas
Mesmo com cargos, ministérios e até o controle do Orçamento, o Centrão deve se opor a candidatos bolsonaristas em ao menos cinco estados nas eleições de outubro. Em São Paulo, Pernambuco, Piauí, Ceará e Maranhão, líderes e parlamentares de partidos como PL, Progressistas e Republicanos – tripé de sustentação do governo de Jair Bolsonaro (PL) – resistem a romper com adversários do Palácio do Planalto e traçam saídas para manter espaços em círculos petistas ou do PSDB. Para conseguir filiar Bolsonaro ao PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, que comanda o partido, prometeu romper acordos regionais com o PT e com tucanos. E agora tem sido pressionado por seus pares a liberar os diretórios regionais.
Bolsonaro admite
problemas políticos
Em meio a uma divisão na base que o apoiou em 2018 e queda na popularidade, o presidente Jair Bolsonaro admitiu impasses para seu projeto de reeleição em outubro e voltou a atacar o PT, partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provável rival na disputa presidencial. “A missão está posta, obviamente a gente vai ter problemas numa possível reeleição, mas temos que brigar para que nós não venhamos voltar atrás em função de tudo que já aconteceu no Brasil”, disse Bolsonaro, que atacou a gestão do PT em função dos rombos na Petrobras. Ele também pediu união ao eleitorado evangélico, dividido nas intenções de voto entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).