Ora, as mulheres, em especial as mães, são reconhecidamente dignas de nossas maiores homenagens. Com elas, aprendemos a cuidar do outro com acurado esmero e sacrifício. O que ambicionamos nós senão pedir à Humanidade mais humanidade para com ela mesma? Desejamos ver raiar o dia em que, afinal, nos reconheçamos como irmãos, componentes de uma única família, convivendo pacificamente nesta morada global.
Era o que sonhava a costureira Rosa Parks (1913-2005), ativista dos direitos civis dos afro-americanos. Essa destemida mulher, certa vez, declarou: “Eu acredito que estamos aqui, no planeta Terra, para viver, crescer e fazer o que nós podemos para que este seja um mundo melhor e para que todas as pessoas tenham liberdade”.
Costumo afirmar que a humildade é, acima de tudo, corajosa. E Rosa Parks tornou-se um ícone na luta pela igualdade racial e pelo fim do preconceito nos Estados Unidos. Seu gesto aparentemente pequeno — quando, em 1º de dezembro de 1955, se recusou a ceder lugar a um homem branco em um ônibus da cidade de Montgomery, Alabama — significou quebrar algemas da tirania do racismo. Àquela época, mesmo havendo divisão entre assentos para brancos e negros, estes eram obrigados a se levantar para os brancos caso todos os lugares do veículo estivessem preenchidos.
Exemplos como esse só reforçam o que há décadas repito: Valorizar a mulher é dignificar o homem. E vice-versa.
Assim encerrei o documento que escrevi recentemente para a 58ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, que ocorreu na ONU, em Nova York.
Do céu, Brasília
A bordo de um helicóptero, Bento Viana, geógrafo, fotógrafo e produtor premiado de cinema e vídeo, registrou diversas regiões e pontos turísticos da capital brasileira para o livro “Do Céu, Brasília”. Foram dois anos de trabalho e quase 100 horas de voo.
A obra traz textos de Bento Viana, da fotógrafa Zuleika de Souza e do jornalista Tetê Catalão. As legendas das fotos são de Patrícia Herzog e Tatiana Petra, do projeto “Experimente Brasília”.
O Templo da Boa Vontade também foi clicado, e com esse destaque nos idiomas português e inglês: “Um templo ecumênico, destinado à meditação e ao recolhimento. Sua estrutura piramidal abriga no topo o maior cristal bruto do mundo e atrai milhares de visitantes”.
Grato ao autor pela fraterna dedicatória que me endereçou: “Para o admirável Paiva Netto, com carinho, Bento Viana”. E ainda escreveu: “Espero que goste da foto de sua linda obra que enfeita Brasília!”.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.