A falta de medicamentos distribuídos pelo Governo Estadual atingirá mais um setor da saúde pública municipal. Na última segunda-feira, o município foi informado pelo Departamento Regional de Saúde (DRS) de São João da Boa Vista sobre a falta de 45 tipos de medicamentos distribuídos através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), conhecido como ‘Alto Custo’. Alguns dos fármacos não são fornecidos ao município há três meses.
A situação afetará a Farmácia de Alto Custo do Centro de Especialidades Médicas (CEM), comprometendo o atendimento de grande parte dos 900 pacientes que fizeram solicitação de medicamentos de alto custo, já que a quantidade em estoque não é suficiente para atender a todos.
O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica é uma estratégia de acesso à medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicadas pelo Ministério da Saúde.
A aquisição dos fármacos pelo Estado ocorre através de financiamento, tanto integralmente pela Secretaria de Estado da Saúde, quanto a partir da transferência de recursos pelo Ministério da Saúde. Aos municípios, cabe a retirada das medicações no Departamento Regional de Saúde e a dispensação aos pacientes cadastrados no programa.
Afeta
O atendimento de atenção básica vem sendo afetado pelo atraso na distribuição de medicamentos desde o ano passado, quando ficou pendente a entrega de sete tipos de fármacos, distribuídos aos municípios pelo programa do governo estadual ‘Dose Certa’.
Na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde foi informada pela Secretaria do Estado de São Paulo e pela Fundação para o Remédio Popular (Furp) sobre a falta de outros 22 tipos de medicamentos utilizados na atenção básica.
A ausência dos medicamentos afeta as cidades cadastradas junto aos protocolos estaduais.