sexta-feira, novembro 22, 2024
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Mais respeito aos taxistas

Peça importante na engrenagem do transporte das cidades, o serviço de táxi é digno de uma valorização muitas vezes ignorada pelo poder público. Embora seja o menos utilizado entre opções como ônibus, metrô ou conduções próprias, ainda assim atende uma fatia da sociedade que não pode ser desprezada.

O serviço de táxi pode servir como complemento a outros meios de transporte, mas também é a primeira alternativa para quem necessita chegar mais rapidamente a um local e não dispõe de uma condução nem carona. Há adeptos que já dispõem dos seus taxistas de confiança, os acionando pelo telefone. Em cidades maiores, aplicativos de serviços de táxi funcionam acionando os mais próximos, com o sistema de GPS. Em diversos casos, porém, a alternativa é a busca por pontos, que em diversas cidades contam com uma estrutura mínima permitindo uma razoável condição de trabalho e passando uma impressão positiva para os clientes.

Em Mogi Mirim, as condições de pontos como os localizados na Praça Rui Barbosa e na Rua Ulhôa Cintra, com carência de manutenção, além de não passarem uma boa impressão e não atraírem passageiros, fazem o contrário: assustam e afugentam interessados. As cabines de telefone apresentam um visual que retrata o descaso. Falta proteção adequada contra sol e chuva. A estrutura dos abrigos está danificada e enferrujada.

Ventos podem levar a telha embora e, quando ocorre um destelhamento, como há pouco mais de uma semana na Rua Ulhôa Cintra, cabe aos taxistas darem um jeitinho, improvisando de forma amadora. Os taxistas chegaram ao cúmulo de colocar um alumínio para identificar o ponto. As gambiarras acabam se tornando motivo de zombaria entre os clientes, constrangendo os motoristas, que se sentem envergonhados no próprio local de trabalho. Taxistas revelaram a O POPULAR que sentem vergonha quando comparam a estrutura dos pontos com outros existentes até na vizinha Mogi Guaçu.

A deficiência na iluminação é outro ponto reclamado, o que afasta clientes no período noturno e oferecem uma sensação de insegurança. Em um momento em que a conscientização para não se dirigir sob efeito de álcool é cada vez maior, até mesmo pelo acirramento da legislação, a importância de um ponto de táxi noturno cresce, como opção às ligações de quem já tem o contato de um profissional, até porque muitas vezes o taxista acionado não está disponível.

Os taxistas reclamam que a Prefeitura já prometeu resolver, mas nada foi feito. A Administração Municipal diz estudar melhorias, mas caminha a passos de tartaruga para transformar estudo em realidade, numa clara demonstração de descaso. Dentro da fortaleza da máquina pública, as soluções seriam de dimensão minúscula para a Prefeitura. Para os taxistas, porém, fariam uma diferença gigante. As simples ações necessárias carregam na essência o que pode ser resumido em uma única palavra: respeito

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