Estamos na era da tecnologia, que nos possibilita acessar diversas informações através de nossos smartphones, tablets, computadores e afins, o que faz com que o tema do texto dessa semana pareça trivial e sem importância, afinal se imagina que todas as pessoas saibam dos malefícios que a bebida alcóolica traz para a saúde, mas não é bem assim que o mundo funciona.
Dados do Ministério da Saúde apontam que a taxa de jovens, entre os 12 aos 17 anos de idade, dependentes de álcool é de 7% da população. Se tais números parecem pequenos (embora sejam alarmantes!), devemos nos atentar para a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense, 2009) realizada pelo IBGE, a qual apontou que 27% dos estudantes brasileiros haviam bebido no mês anterior à realização do questionário. Ou seja, mais de 1 em cada 4 estudantes, menor de idade, ingeriram bebida alcóolica, mesmo sendo a venda para este público proibida! Se você é mãe ou pai de 4 filhos, estatisticamente, 1 deles deve ter bebido, mesmo não tendo idade legal para o fazer!
O álcool é uma droga lícita, que atua produzindo euforia num primeiro momento, mas com o decorrer do tempo e o aumento da dosagem gera efeito depressor, oposto ao que acontece no início. Graças ao efeito depressor, há redução da coordenação motora e dos reflexos do indivíduo, além de aumento do sono. Devido a tais motivos é que a legislação de trânsito proíbe a associação de álcool e direção, afinal grande parte dos acidentes ocorrem devido à bebida.
Além dos problemas relacionados ao trânsito, o álcool gera dependência, vício em bom português, e, com o uso prolongado desta droga, estão associadas doenças como cirrose, gastrite e outros problemas gastrintestinais, diabetes, doenças vasculares, pancreatite, aumento na incidência de diversos tipos de cânceres, em especial no fígado, dentre outras.
Mesmo sendo uma droga lícita, ou seja, nossa legislação não proíbe a venda de álcool e o excesso deste só costuma trazer desgraça para a vida das pessoas. Não bastasse todos esses aspectos negativos, o álcool ainda gera efeitos negativos na recuperação após o treino, pois engorda, aumenta o risco de se lesionar e diminui os resultados, tanto estéticos quanto de desempenho esportivo.
Esta droga está bastante presente em nossa cultura e cotidiano, e se você é uma pessoa que incentiva o consumo de bebida alcóolica, procure refletir um pouco sobre o tema. As crianças e adolescentes são bastante vulneráveis e não merecem viver em uma sociedade que os pressione para beberem.
Luís Otavio Bueno de Toledo
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Personal trainer graduado pela USP (bacharel em Esporte graduado em 2012 – trabalhou na área fitness do Clube Paineiras do Morumby em São Paulo e no Clube Mogiano, em Mogi Mirim)