sábado, novembro 23, 2024
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Mané Palomino surpreende, vence eleição e é o novo presidente da Câmara

Um sábado surpreendente. Esse é o termo mais claro para definir a eleição da presidência da Câmara Municipal de Mogi Mirim. Sem anunciar candidatura anteriormente, o vereador Manoel Eduardo Pereira da Cruz Palomino, o Mané Palomino (PPS), foi eleito o novo presidente do Poder Legislativo para o biênio 2019/2020, na manhã do último sábado, em sessão especial realizada no plenário municipal. Mané foi aclamado presidente após empatar na votação com o vereador Marcos Antônio Franco, o Marcos Gaúcho (PSB), mais um edil que não havia declarado sua candidatura anteriormente.

Com a votação idêntica, houve uma nova leva de votos, mais uma vez terminando empatada. Diante disso, seguindo o Regimento Interno da Casa de Leis, o ainda presidente Jorge Setoguchi (PSD) declarou Mané vencedor pelo maior número de votos conquistados nas eleições municipais de 2016. Na ocasião, Palomino contabilizou 1.073 votos, frente 822 de Gaúcho.

Mané assume o cargo em 1º de janeiro de 2019, com direito a permanecer presidente da Câmara até 31 de dezembro de 2020, último dia da atual legislatura.

Mesa Diretora, a partir de 1º de janeiro, terá Mané Palomino, Geraldo Bertanha, Cristiano Gaioto, Robertinho Tavares e André Mazon (Foto: SilveiraJr.)

A eleição elegeu também o vereador Geraldo Vicente Bertanha, o Gebê (SD), como o primeiro vice-presidente, por 9 votos a 8, superando Moacir Genuário (MDB). Cristiano Gaioto (PP) foi eleito como o segundo vice-presidente, à frente de Jorge Setoguchi (PSD), também por 9 votos a 8.

O cargo de primeiro secretário ficou com Luís Roberto Tavares, o Robertinho (Patri), ao vencer Alexandre Cintra (PSDB), outra vez por 9 x 8. O segundo secretário será André Mazon (PTB), escolhido com 12 votos. Cinco vereadores se abstiveram de votar: Maria Helena Scudeler de Barros (PSB), Marcos Gaúcho (PSB), Alexandre Cintra (PSDB), Moacir Genuário (MDB) e Tiago Costa (MDB).

Estratégia

A dinâmica de votação teve seu rumo alterado há poucos minutos da votação. Presidindo a sessão, Setoguchi, ao pedir para que os vereadores candidatos se apresentassem na Tribuna, viu Maria Helena Scudeler, Geraldo Bertanha e Tiago Costa, então candidatos, se calarem. Para surpresa, Marcos Gaúcho, Cinoê Duzo e Mané Palomino foram ao microfone e anunciaram candidatura. Cristiano Gaioto, que há havia anunciado sua candidatura anteriormente, também apresentou o seu nome.

Nos bastidores, a mudança de posição remete a uma leitura no grupo de vereadores que votariam em Maria Helena. Com o iminente empate entre ela e Gaioto, que venceria a candidata pelo maior número de votos nas eleições de 2016, critério de desempate seguindo o Regimento Interno, a estratégia foi lançar Marcos Gaúcho como candidato. Ele seria o único capaz de vencer Cristiano.

Mané recebe os cumprimentos do companheiro de partido, Gerson Rossi, após se sagrar vitorioso. (Foto: SilveiraJr.)

De outro lado, os vereadores que votariam em Gaioto contra-atacaram, lançando Mané. Mesmo que o resultado terminasse 8 x 8, o Guarda Civil Municipal (GCM) ficaria à frente justamente pela votação no pleito municipal.

“Não tenho rabo preso com ninguém”, rebate Mané

Logo após ser eleito presidente, ao O POPULAR, Mané admitiu que sua candidatura foi definida entre sexta e sábado. “As eleições da Mesa (Diretora da Câmara) sempre são uma surpresa, acabam se decidindo na véspera ou no dia. Vimos a possibilidade do Marcos Gaúcho sair candidato, foi uma estratégia justamente porque, no empate com o Marcos, eu levaria”, confessou.

Palomino, que terá que se licenciar do posto de Guarda Municipal enquanto presidente, disse que terá pulso no comando da Casa de Leis, e que não será submisso ao prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB). “Verão uma postura firme da Mesa da Câmara, não tenho rabo preso, não tenho nada com o gabinete, com o prefeito. Pode esperar uma postura independente”, garantiu, para alfinetar aqueles que acreditam existir uma interferência de Carlos Nelson na votação. “Se o prefeito tentou intervir, ele falhou. Nenhum vereador da base do governo votou na gente”, disse.

O sorriso da vitória; em seu segundo mandato como vereador, Manoel Palomino chega ao cargo máximo do Poder Legislativo. (Foto: SilveiraJr.)

Prefeito?

Mané fez uma nova confidência, afirmando que sonha em se tornar deputado federal. Para tanto, iniciará em janeiro um curso de Gestão Pública, mas disse que, sim, pode surgir com força nas eleições municipais de 2020. “Posso, sim, vir a ser um candidato a prefeito ou a vice, muita coisa pode mudar, mas, sim, tenho esse desejo”, relatou.

As duas votações para a presidência da Câmara Municipal

Alexandre Cintra (PSDB): Marcos Gaúcho

André Mazon (PTB): Mané Palomino

Cinoê Duzo (PSD): votou nele próprio e se absteve da votação no segundo turno

Cristiano Gaioto (PP): Mané Palomino

Geraldo Bertanha (SD): Mané Palomino

Gerson Rossi (PPS): Mané Palomino

Jorge Setoguchi (PSD): Marcos Gaúcho

Luís Roberto Tavares, o Robertinho (Patri): Mané Palomino

 Luiz Roberto de Souza Leite, o Chupeta (PSDB): Marcos Gaúcho

Mané Palomino (PPS): votou nele próprio nas duas votações

Marcos Gaúcho (PSB): votou nele próprio nas duas votações

Maria Helena Scudeler de Barros (PSB): Marcos Gaúcho

Moacir Genuário (MDB): Marcos Gaúcho

Orivaldo Aparecido Magalhães (PSD): Marcos Gaúcho

Samuel Cavalcante (PR): Mané Palomino

Sônia Rodrigues (PP): Mané Palomino

Tiago Costa (MDB): Marcos Gaúcho

Placar

Mané Palomino teve 8 votos nas duas votações

Marcos Gaúcho teve 8 votos nas duas votações

Cinoê Duzo teve 1 voto na primeira e 0 na segunda

Cristiano Gaioto não recebeu voto algum nas duas votações

Empate 8 x 8. No desempate, após duas votações, e, de acordo com o Regimento Interno, Mané foi eleito por ser o vereador mais votado nas eleições municipais de 2016.

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