Nesta quarta-feira, 2, a manifestação feita por caminhoneiros em trecho da rodovia SP-340, em Mogi Mirim, chegou ao seu terceiro dia. Caminhões e máquinas agrícolas seguem interditando as duas pistas da rodovia, no Km 156, próximo ao Posto Varanda. O congestionamento chega a cinco quilômetros. O grupo protesta contra o resultado das eleições do último domingo, 30, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República. Carros de passeio, ambulâncias e ônibus conseguem atravessar o bloqueio pelo acostamento.
O bloqueio da SP-340 e de outras rodovias no Estado de São Paulo começaram na segunda-feira, 31. Nesse mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a imediata desobstrução de rodovias e vias públicas que estejam ilicitamente com o trânsito interrompido.
Alexandre de Moraes também determinou que a Polícia Rodoviária Federal adotasse imediatamente todas as providências sob pena de multa de R$ 100 mil em caráter pessoal ao diretor-geral da PRF, a contar de meia-noite de 1º de novembro, além da possibilidade de afastamento de suas funções e até prisão em flagrante de crime de desobediência, caso seja necessário.
O ministro estipulou ainda multa de R$ 100 mil por hora para donos de caminhões que estejam sendo usados em bloqueios, obstruções ou interrupções. A Polícia Militar Rodoviária tentou a liberação da rodovia SP-340 de forma pacífica, mas os motoristas de caminhão decidiram ficar no local. Eles têm recebido ajuda com água e alimentos para seguirem com a mobilização.
A paralisação já tem causado reflexos no dia-dia dos mogimirianos. Faltam combustíveis nos postos e até mesmo o serviço de saúde foi afetado. A Prefeitura de Mogi Mirim chegou a emitir uma nota alertando que muitos médicos e profissionais da área não estavam conseguindo chegar aos seus postos de trabalho, orientando a população a procurar pelo serviço de saúde apenas em casos de emergência.
INTERVENÇÃO
Na manhã desta quarta-feira, 2, houve concentração em Mogi Mirim de manifestantes em frente ao Tiro de Guerra. Eles atenderam à convocação nacional de concentração em frente aos quartéis exigindo a intervenção das Forças Armadas no país.
Crédito das fotos: Agricultores Mogi Mirim