Há dois séculos, o abastecimento de carne à população mogimiriana era feito de forma rudimentar e anti-higiênica. Os animais eram retalhados a céu aberto, sem nenhuma proteção contra intempéries e à vista do freguês, sem acondicionamentos como embrulhos em papel ou sacolas, manuseados com mãos sujas e num ambiente repleto de moscas.
O local de abate dos animais ficava às margens do Ribeirão Santo Antônio, perto do atual Centro Cultural. O comércio de venda e compra também ali ficava, disputado pelos revendedores e pelo povo, entre eles, mucamas que serviam seus donos. O cronista do século 19, Pedro de Mattos, conta:
“Como não existiam ainda matadouros, o abate de gado era feito pelos antigos marchantes de Mogi Mirim, entre eles, os irmãos Rosário, José Maria, Benedito e José Firmino, Laurindo Pereira Goulart e Nhô Cândido da Ponte. A matança de porcos para o consumo era feita pelo Chico da Penha”. E o cronista descreve como eram abatidos os porcos naquela época:
“O processo era bastante primitivo. O Chico da Penha atava as pernas do porco e com um machado dava forte pancada na cabeça do animal, que ficava desacordado. Em seguida, Chico da Penha com uma faca afiada cortava o porco adormecido com um corte em duas partes. Algo que hoje seria inconcebível, naqueles tempos era natural e ninguém se importava! E o porco era retalhado com o coração ainda pulsando”.
Em 12 de janeiro de 1831, atendendo a pedido da Câmara Municipal de Mogi Mirim, o Governo da Província de São Paulo autorizou a construção de um matadouro na então Vila de Mogi Mirim. Eis o teor do ofício recebido pelos vereadores mogimirianos:
“Fica autorizada a Câmara Municipal de Mogi Mirim a proceder a troca de uma porção de terreno do Rocio da Vila, por outra porção de terreno, pertencente a João Ferreira Alves Adorno, para edificação de um matadouro, que se faz necessário, com todas as condições propostas pela referida Câmara e o permutante. São Paulo, 12 de janeiro de 1831. Assinado: José Antônio dos Reis –presidente, e Manoel Joaquim do Amaral Gurgel, secretário”.
Esse primitivo matadouro teria sido construído em 1831, há 189 anos, no local onde hoje existe a Praça Dr. Francisco Alves dos Santos, perto do início da Rua do Tucura e margens do Ribeirão Santo Antônio. (A segunda parte deste artigo será publicada no dia 14/08/2020).
Túnel do TEMPO
Por volta de 1860 e trazido por escravos procedentes dos municípios baianos Campo Alto, Caetetés, Brejo Grande, Paraguassú e Rio das Contas, surgiu o ritmo do Samba, ofuscando o popular Batuque como dança preferida dos escravos mogimirianos.
Preceitos Bíblicos
“Se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas… se não tivesse caridade, eu não seria nada.” (S. Paulo aos Cor. 1,12)
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional
278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas
260 páginas e 47 fotos
Vendas em Mogi Mirim
– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso
Vendas em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
– Banca do Toninho – Centro