Andar pelas calçadas de alguns bairros ou tentar sentar em um banco de uma praça pública tem sido complicado para a população mogimiriana. Até quinta-feira pela manhã, a praça localizada na Rua João A. de Mello, no bairro Nova Santa Cruz, zona Oeste da cidade, estava praticamente tomada pelo mato.
No espaço, existe um ponto de ônibus, um orelhão e um parquinho. Mas, por falta de uma manutenção constante, a praça, que deveria ser um ponto de lazer para os moradores daquele local, mais se assemelhava a um terreno baldio abandonado, sem qualquer movimentação.
No bairro Santa Cruz, especificamente na Rua dos Expedicionários, o cenário não é diferente. O mato já invadiu toda a extensão da calçada, que virou depósito para sacos de lixos e restos de folhas de árvores. Os pontos mais críticos ficam próximos a imóveis e áreas aparentemente desocupadas.
A esquina da Rua José Antônio de Andrade Júnior, em frente à Avenida Brasil, no bairro Parque da Imprensa, também acumula muito mato. A doméstica Aline Germânio transita há seis anos pela mesma rua e diz que a situação só tem piorado. “Nossa cidade está largada. Onde a população passa ninguém limpa”, reclama.
Já no Jardim Planalto, bairro onde Aline reside, são os próprios moradores que têm providenciado a limpeza. Ainda na Antônio de Andrade uma das calçadas já está intransitável. “Faz tempo que fizeram a manutenção, nem lembro quando”, declara outra doméstica, Rosa Maria Barbosa Pires, que frequentemente anda por ali.
Na zona Norte, a reportagem de O POPULAR encontrou o mesmo problema. Na Rua Estanislau Krol, esquina com a Antônio Brandão, a calçada está repleta de mato e a vegetação de um terreno já ultrapassou o muro. Tudo isso acaba dificultando a passagem de pedestres e pode facilitar a proliferação dos mosquitos da dengue. “A gente tem que atravessar pela rua porque o mato está alto”, explica uma moradora que preferiu não se identificar.
No Jardim Paulista, a calçada da Escola Municipal de Ensino Básico (Emeb) Professor Humberto Brasi, ponto de parada das peruas escolares, apresentava vários pontos com mato e lixo. A mesma falta de manutenção foi vista em uma rotatória no Jardim Murayama II, próximo à Vila Dignidade.
Na região central, o Poder Público parece ter esquecido de alguns pontos. Por exemplo, na praça em frente à Biblioteca Pública, situada à Rua Caiapó, a grama não está podada e há bancos sem encosto.
Força-tarefa
O gerente do setor de limpeza pública, Cristiano Gaioto, informou que o cronograma está com um atraso de dez dias por conta das chuvas, contudo serão feitos mutirões, aos sábados, a fim de regularizar a situação. A expectativa é que boa parte das áreas estejam limpas até o final de dezembro. A Prefeitura já vem realizando a poda nos canteiros centrais e rotatórias da Avenida 22 de Outubro e nas margens do córrego Santo Antônio, na Avenida Brasil.
Na tarde de quinta, uma equipe providenciava a limpeza da praça no bairro Nova Santa Cruz. Segundo Gaioto, as áreas do Parque da Imprensa e Santa Cruz também começaram a receber os serviços, que devem ser finalizados até a próxima semana.
“A gente esperava essa chuva para janeiro, mas veio agora e acabou atrapalhando todo o trabalho da equipe”, explicou. Os serviços são executados em todos os bairros por seis equipes de trabalhadores braçais, com apoio de três caminhões.
Multas
De acordo com Gaioto, a responsabilidade da Prefeitura é fazer a manutenção das guias. Com relação ao mato alto das calçadas, bem como dos terrenos, cabe ao Poder Público fiscalizar e aplicar multas. Nesse caso, após receber uma notificação, o proprietário terá até dez dias para providenciar a limpeza.
Caso haja o descumprimento, uma multa de R$ 1,91 por metro quadrado do terreno é aplicada. O valor ainda pode ter um acréscimo de 40% se o serviço tiver que ser executado, em último caso, pelo Município.