sábado, novembro 23, 2024
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Matriz de São José poderá ganhar duas torres após restauro

O processo de restauro e revitalização da Matriz de São José, iniciado em setembro de 2012 e que deverá se estender até dezembro de 2015, pode ganhar mais uma etapa, além das cinco fases previstas no atual projeto. Embora embrionária, existe a possibilidade de duas novas torres, cada uma com 14 metros de altura, serem construídas acima da atual estrutura da igreja, que possui 27 metros de altura. Caso saia do papel, a ideia seria colocada em prática nos próximos anos, após o restauro, mas atualmente não é tratada como prioridade dentro da Paróquia de São José.

A possibilidade foi revelada à reportagem pelo arquiteto Marcos Tognon, responsável pelos projetos de restauro tanto da Matriz como da Igreja Nossa Senhora do Carmo, à Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho. Imagens do projeto original servem como embasamento para a realização do trabalho, por meio de imagens obtidas em acervos históricos.

Além da quantia prevista para o restauro, que gira em torno de R$ 965 mil, seriam investidos R$ 200 mil para a construção das duas torres e R$ 30 mil do novo mobiliário para o presbitério. “Seria uma obra adicional, a ideia é completar, concluir o projeto original da Matriz. Usaríamos uma estrutura de alumínio naval com argamassa GRC”, explicou o arquiteto Marcos Tognon.

Registro das Obras de Restauro e Conservação Preventiva da MATRI
Projeto original da Matriz de São José já previa duas torres; atual estrutura possui 27 metros de altura. (Foto: reprodução)

Todo o projeto de restauro assim como das duas novas torres e o do mobiliário é conduzido pelo escritório do arquiteto, o Sunega Tognon. O projeto precisaria ser aprovado pela Paróquia de São José, Centro de Documentação Histórica Joaquim Firmino de Araújo Cunha e pelo Conselho de Cultura, já que a matriz é um prédio tombado pelo patrimônio histórico.

Remota

Na manhã de sexta-feira, o pároco Nelson Demiciano afirmou que a chance de o projeto ser realizado é muito difícil e que a prioridade está concentrada no restauro da matriz, que deve terminar apenas em 2015. “É uma chance remota mexer nisso agora, até pela questão financeira. No momento não tem (dinheiro)”, resumiu.

O restauro

O processo de restauro da matriz, que possui custo estimado de R$ 965 mil, começou pelo estuque, argamassa formada por uma massa de gelo, placa de madeira e tela. Uma área logo na entrada da igreja, com cerca de 72 metros quadrados, foi isolada para a limpeza de todos os forros, estruturas de madeira e descupinização completa da matriz.

A segunda fase teve sequência com a continuidade da descupinização e do restauro da área total do estuque, de 950 metros quadrados, estabilização das peças estruturais do telhado, remoção de molduras com risco de queda, reparo em calhas e telhas, entre outros.

Registro das Obras de Restauro e Conservação Preventiva da MATRI
Após fim do restauro, duas novas torres poderão ser construídas, cada uma com 14 metros de altura. (Foto: Reprodução)

A atual fase, que deve se estender até julho, compreende a consolidação e restauro artístico do estuque e tratamento contra xilógafos, insetos que comem madeira.

“Estamos fazendo um reforço e troca de material de peças de madeira na parte de cima dele (estuque). Terminado isso, até julho, virá um restaurador artístico para fazer os retoques. Pintura interna, externa, iluminação e sistema elétrico estariam dentro do pacote de obras até 2015”, explicou o arquiteto.

A urbanização da Praça São José, com nova iluminação, acessibilidade, paisagismo e segurança também estão previstas para a última fase do restauro. O processo seria viabilizado através de uma parceria com a Prefeitura.

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