quinta-feira, setembro 19, 2024
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Memorial: Animais Vadios geravam problemas nas ruas de Mogi

Nos séculos XVIII e XIX, em Mogi Mirim, já existia o problema de animais soltos pelas ruas da cidade e que traziam muitos aborrecimentos para os antigos habitantes e autoridades mogimirianas.

Além dos cães da raça fila e que foram trazidos pelos bandeirantes fundadores, proliferando assustadoramente e em número maior que a população, também cavalos, gado bovino e porcos costumavam assiduamente passear pelas ruas de Mogi Mirim, sem que seus proprietários tomassem providências.

Também no meio rural existia esse tipo de problema, pois em razão da inexistência ou raridade de cercas, bois, porcos e cavalos invadiam propriedades alheias, devastando plantações de milho, arroz e feijão, levando os agricultores ao desespero.

Essa situação acabava levando à Câmara Municipal muitos protestos das pessoas prejudicadas, reclamando providencias dos vereadores e autoridades municipais.

Visando por termo a essa verdadeira calamidade pública, a primeira medida foi tomada pelos vereadores há 240 anos, em sessão da Câmara especialmente convocada para debater o assunto e realizada em doze de abril de 1774, cuja ata transcrevemos a seguir e conservando a original e saborosa grafia da época:

“Aos doze dias do mês de abril de mil e setecentos e setenta e quatro anos, nesta villa de São Jozé de Mogy Mirim, em Casa de Morada do Juiz Ordinário e Prezidente da Câmara, se juntarão para fazerem Correyção Geral pellas Ruas públicas e como houve sercunstancia para não concluhyrem, deyxarão ficar aberta thé a Concluzão della ou dexão o que querem averiguar. Concordarão a que ex vi de muitos Requerimentos que tem havido a respeito dos donos dos gados vacuns não incurralarem, do que se seguia muyto danno, mandarão lavrar hum edital para que no termo de vinte dias fação curral e os recolhão de noute, com pena de que por cada rés que se hachar de noute pouzado no pátio da Igreja ou Ruas desta villa, pagar o dono Centro e Cecenta réis para as dezpesas da Câmara e outrosim que se matacem os porcos que se hacharem pelas lavouras dos moradores desta villa em razão de se ter feyto já público que os recolhessem, ao que não houve execução dos donos delles, e sendo assim, com não houve mais em que concordassem, fecharão a Correyção. Para constar, mandarão fazer este termo em que assinarão e eu, João Correa Dias, Escrivão que o escrevy. José Rodrigues Pimentel – Mauricio Franco – manoel Barbosa Coelho – José Gurjão Cotrim.”

Na sessão de 24/05/1850 e presidia pelo Cel. Leitão, foi debatido o problema dos cães vadios:

“Lido oficio do Fiscal da cidade, pedindo autorização para as despesas que se necessita fazer com a matança de cães de fila, na conformidade do Artº 12 das Posturas, e pedindo a compra de 1 libra de pólvora e 1 litro de chumbo grosso. Ficou adiao até que se resolva a maneira mais conveniente de se fazer tais matanças.”

Dois meses depois, na sessão de 18/07/1850, a Câmara resolveu que a matança dos cães fila e outros, se fizesse á tiros de bala, com todas as cautelas para não ofender pessoas, com também evitar matar cães acompanhados de seu donos.

Assim era o antigo sistema de erradicação de cães vadios, nada humanitário, embora eficaz.

Preceitos Bíblicos – “O Senhor é fiel para sempre; faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimentos aos famintos; é o Senhor quem liberta os cativos.” (Salmo 145).

Túnel do Tempo – 28 de novembro de 1824 – Nessa data a povoação de Franca D´el Rei, atual Franca, desmembrou-se de Mogi Mirim e da qual era distrito. Vejamos parte do decreto lei do governo paulista na época: “…que a Freguesia de Franca D´el Rei seja creada e erecta em Villa, em virtude da grande distancia de mais de quarenta légoas que a separa de Mogy Mirim e a quem tem pertencido…”

Túnel do Tempo – 28 de novembro de 1824 – Nessa data a povoação de Franca D´el Rei, atual Franca, desmembrou-se de Mogi Mirim e da qual era distrito. Vejamos parte do decreto lei do governo paulista na época: “…que a Freguesia de Franca D´el Rei seja creada e erecta em Villa, em virtude da grande distancia de mais de quarenta légoas que a separa de Mogy Mirim e a quem tem pertencido…”

 

Legenda da foto – Em 1928, Mogi Mirim recebeu a visita do Presidente Washington Luiz. A cidade recebeu com grandes festividades o Presidente em seu desembarque pelo trem da Companhia Mogiana. Alunos do Grupo Escolar Cel. Venâncio aguardam a chegada na Rua Conde de Parnaíba. Ao fundo, o grande arco erguido em homenagem ao presidente.

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