No Século XVIII e até a terceira década do Século XIX, era costume em Mogi Mirim denominar nossas ruas com o nome de seus moradores mais ilustres. Por exemplo, a rua do Dr. João Teodoro, a Teodoro, a rua do João Adorno, a rua do Ignácio Preto de Moraes. Não existiam placas com numeração ou nomes, o que não ocasionava problemas, visto que a cidade era pequena e seus moradores conhecidos de todos. Era só perguntar:
– Onde mora fulano?
E a resposta vinha imediata e precisa:
– Ao lado da taberna, há sessenta passos daqui, do lado direito.
Em 1831, o vereador Venâncio Torreani (avô do Cel. Venâncio) propôs novos nomes com maior abrangência e títulos sugestivos, em substituição aos antigos. Há 190 anos, Mogi Mirim possuía 11 ruas, sete travessas e quatro pátios (antigamente era usado “páteo”). Recomendava aquele vereador nomes em uma relação e que, se fossem aprovados, se ordenasse ao fiscal da Câmara a pintura a óleo nas esquinas de cada logradouro. Nomes antigos e atuais:
Rua da Via Sacra – onde mora a viúva do Ignácio (Av. Cel. João Leite)
Rua da Sociedade – a do José Duarte (Rua Paissandu)
Rua da Palma- a do Manoel Soares (Rua 13 de Maio)
Rua Nova do Comércio – a rua onde mora o Vigário (Rua José Bonifácio)
Rua da Biquinha – a do Campo da Feira (Avenida Brasil)
Rua do Comercio – onde mora o Venâncio (Rua Dr. José Alves)
Rua das Flores – a do João Ferraz (Rua Dr. Ulhôa Cintra)
Rua da Boa Vista – a rua do Lavapés (Rua Dr. João Teodoro)
Rua do Rosário – a rua onde reside o Dr. João Teodoro (Rua Joaquim Firmino)
Rua da Esperança – a do João dos Santos (Rua Cel. Leitão)
Rua da Bexiga – a do João Adorno (Rua Marciliano)
Travessa da Paz – a do Alvarenga
Travessa do Conselho – a do Manoel Jacinto
Travessa do Fiscal – a do Francisco Luiz
Travessa da Biquinha – a do João Baptista
Travessa da Cruz- a do Areião
Rua do Vira Copo – (Rua Padre Roque)
Travessa da Alegria – a do Carmo (Praça 9 de Julho)
Travessa da Bexiga – a do Venâncio (Rua Riachuelo)
Páteo da Matriz – o da igreja de São José (Praça Rui Barbosa)
Páteo do Carmo – o do Padre Roque (Praça Floriano Peixoto)
Páteo do Rosário – o da igreja com o mesmo nome (Praça da Bandeira)
Páteo de São Benedito – o da igreja dos escravos (Praça Duque de Caxias)
Outra proposição do vereador Venâncio Torreani recomendava colocar novos marcos no limite da distância entre os logradouros de Mogi Mirim. Desse modo, graças ao avô do Cel. Venâncio Ferreira Alves Adorno, nossa cidade passou a ter nomenclaturas diferente em suas ruas, páteos (praças) e travessas, em 1831. De lá para cá, novas mudanças ocorreram até se chegar às atuais denominações. Uma lei municipal de alguns anos proíbe mudanças nas denominações das vias já existentes e tradicionais de Mogi Mirim.
Túnel do TEMPO
Entre os anos de 1769 e 1821, Mogi Mirim era o maior município paulista em território, com superfície em torno de 40.000 quilômetros quadrados, equivalente a área da Bélgica, de Israel e Líbano juntos, maior que o território de Sergipe e Alagoas.
Preceitos Bíblicos
“Povos todos do universo, batei palmas e gritai a Deus aclamações de alegria. Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo, o soberano que domina toda a terra. Deus reina sobre todas as nações e está sentado no seu trono gloriano.” (Salmo 46)
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional
278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas
260 páginas e 47 fotos