sábado, novembro 23, 2024
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Memorial: recorde os bons tempos do Carrossel Caipira

O Carrossel Caipira (n°410)

No início de 1992, o presidente do Mogi Mirim Esporte Clube, Wilson Fernandes de Barros, resolveu investir na contratação de novos jogadores para o plantel. Para tanto, contou com o trabalho de olheiros em várias regiões do Brasil e faiscando bons jogadores. Em janeiro de 1992, vieram o ala Admilson e o meia Chiquinho e de Pernambuco chegou o atacante Rivaldo. Em fevereiro vieram para o Mogi, do Rio Grande do Sul, o zagueiro Ildo e o atacante Sandro Gaúcho. De Pernambuco, o meia Válber e o atacante Leto.

Wilson Barros inovou e ousou ao efetivar no cargo de técnico o preparador físico do time, Osvaldo Alvarez, o Vadão. Foi aí que começou a tomar corpo o extraordinário Carrossel Caipira, apelido dado pela imprensa esportiva paulista em virtude da espetacular campanha do Mogi Mirim Esporte Clube no campeonato de 1992! Como campeão do Grupo B da 1ª divisão, o Mogi classificou-se para disputar o título do Campeonato Paulista com outros três times.

 

Os Elogios ao Sapão

O Carrossel Caipira conquistou incrível fama e que espalhou-se pelo Brasil e até no exterior! Centenas de elogios eram endereçados ao time mogimiriano. O jornal de São Paulo escreveu em sua edição de 29 de novembro de 1992: “O Carrossel Caipira quer confirmar no campeonato paulista porque foi considerado o time-revelação”

Marcos Garça, goleiro do Guarani de Campinas, declarou à imprensa da capital: “O Mogi é melhor que o Corinthians e o Palmeiras. Só falta o peso da camisa”. Flavio Prado, durante o programa Cartão Verde da TV Cultura, declarou: “O Mogi Mirim tem um belíssimo time de futebol”.

Em transmissão radiofônica, o saudoso Luciano do Valle afirmou: “O Mogi Mirim tem o melhor gramado e é um dos melhores times paulista”. O jornalista André Fontenelle escreveu: “O Mogi Mirim foi a revelação do campeonato, vencendo o Grupo B na primeira fase e apresentando os talentosos atacantes Válber, Leto e Rivaldo.”

O Presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, foi categórico: “O mais profissional dosclubes brasileiros é o Mogi Mirim”.

Frustação Carioca

Mas essa notoriedade do Mogi acabou irritando dois cronistas cariocas radicais e defensores da elitização do futebol, apologistas dos times grandes, e que referiram-se ironicamente e com menosprezo ao Mogi Mirim Esporte Clube, em programas debates na televisão.Uma pura dor-de-cotovelo carioca!

Juca Kfouri declarou: “Se der Mogi ou Portuguesa, o campeonato paulista terá o fim que merece”, demostrando inconformismo pelo sucesso do Mogi e da Portuguesa em 1992. Outro carioca, José Trajano, mostrou desprezo pelo Mogie fez uma crítica absurda, demostrando que não conhecia a pujança do clube:“Esse time não tem nem chuteira para dar a seus jogadores, que moram em república e ganham salário mínimo”. Essa declaração revoltou a diretoria do Mogi e toda a cidade, que se manifestaram contra essa ignorância dos cronistas cariocas! Eles foram os únicos a criticar o Mogi, enquanto a grande maioria dos cronistas e esportistas de todo o Brasil faziam menções honrosas para o Mogi Mirim Esporte Clube e seu Carrossel Caipira!

Túnel do Tempo: ao disputar com os grandes times do interior a Copa 90 anos da Federação Paulista de Futebol, O Mogi Mirim sagrou-se campeão em 1992 desse inédito troféu, depois de disputar 12 partidas e só perder uma!

Preceitos Bíblicos: “A caridade é paciente, é benigna, não é invejosa, não é temerária, nem se ensoberbece. Não ambiciosa, nem busca os próprios interesses. Não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo sofre, tudo espera”. (1 Cor.13,4-7)

Legenda da foto: Estádio do Mogi Mirim Esporte Clube, em foto de 2002, e vista parcial do centro da cidade.

 

 

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