sábado, novembro 23, 2024
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Memorial traz Amigos, eu vi – mais uma parte

Alcancei um tempo em que a ronda policial da cidade era feita a pé e por dois únicos soldados, o Leite e o Ataliba. Entre suas funções, estava a fiscalização nos cinemas para impedir que menos de 18 anos assistissem filmes pornográficos (raríssimos na época) ou impróprios para essa faixa etária. O fato demonstra o rigor contra as indecências e atos considerados anti-puritanos que pudessem macular a pacata e conservadora Mogi Mirim daqueles tempos!

Para se ter uma ideia, foi considerado impróprio até os 18 anos o filme Gilda, com Rita Raywhort, e por causa de uma única cena em que ela tirava parte da blusa, as luvas, as meias e os sapatos!!! Só consegui assistir esse filme alterando a data de nascimento em minha carteira de estudante. Eu tinha 16 anos, mas já era crescidinho e danadinho.

Em 1959, começaram as obras de construção da piscina do Grêmio Mogimiriano. Lembro que foi criada uma campanha para angariar recursos entre os sócios para as despesas da futura piscina.

Quem não se lembra das mortadelas e presuntos da fábrica chamada A Paulista? Possuíam um sabor inigualável, fabricadas com receitas oriundas da Áustria e os produtos eram famosíssimos nos territórios paulista e mineiro. Nessa fábrica, hoje não mais existente, trabalharam por muitos anos os irmãos Dico, Bigo e Valter de Souza, amigos de longa data. (vide a publicidade)

Amigos, lembro que em meados do século passado o deputado Manoel Figueiredo Ferraz apresentou projeto de lei para a criação em Mogi Mirim de uma Faculdade de Filosofia e Letras, com apoio dos deputados Nagib Chaib e Paulo Teixeira de Camargo.

Em 1959, assisti a cerimônia de inauguração do novo Paço Municipal, construindo na gestão Adib Chaib. O prédio foi construído no mesmo local onde funcionava no século XIX a antiga Câmara Municipal e a partir de 1907 também a Prefeitura.

Lembro da instalação da Casa de Saúde São Lucas, na Rua Padre Roque, há cerca de 60 anos e que era dirigida por médicos vindos de Minas Gerais. Esse hospital era o segundo de Mogi Mirim, além da Santa Casa, mas suas atividades duraram poucos anos, boicotadas por um grupo de médicos monopolizadores da medicina em nossa cidade e que através de manobras vergonhosas conseguiram fechar o hospital!! Foi um grande escândalo na época e que motivou a passeata de pretexto com a participação de centenas de mogirimianos.

Amigos, eu assisti a inauguração, em 1951, do busto do jornalista Francisco Cardona. Após muitos discursos em honra do homenageado e que foi o fundador do jornal A Comarca, a viúva de Cardona, Ibrantina, e famosa poetisa, descerrou a bandeira que cobria o monumento.

Lembro, como se fosse hoje, de meu baile de formatura do curso de Contabilidade, em 1953, quando Pedrinho e sua Orquestra abrilhantaram a festa realizada nos salões do Grêmio Mogimiriano. Eu e meus colegas formandos dançamos com muita emoção as duas músicas especiais da noite: a valsa Danúbio Azul e a romântica canção Moonlight Serenade.

Amigos, tudo isso que hoje contei, eu vivi, conheci e recordo com muito carinho e emoção! São dados dos meus neurônios e computador cerebral.

Preceitos Bíblicos – Naquele tempo, o Espírito Santo levou Jesus para o deserto. Ele ficou no deserto durante 40 dias e foi tentado por Satanás. Jesus vivia entre os animais selvagens e os anjos o serviam. Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Marcos 1,12-15).

Túnel do Tempo: 15 de novembro de 1952 – Foi lançado o projeto e a maquete do futuro edifício Caiapó a ser construído em Mogi Mirim, com dez andares, quatro apartamentos por andar e quatro lojas no térreo. A construção estava a cargo do engenheiro Lix da Cunha, mogimiriano radicado em Campinas. Os apartamentos tinham três dormitórios e um total de 180 metros quadrados. O local seria na esquina da Praça Rui Barbosa com a Rua Conde de Parnaíba.

Legenda

Publicidade de 1954 da fábrica “A paulista”, produtora de salames, presuntos e mortadelas de grande aceitação entre os consumidores.

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