Rayssa Gabriely Costa, de nove anos, morreu após ser picada por um escorpião. O acidente aconteceu no distrito de Martim Francisco, na noite de sexta-feira. Segundo informações de vizinhos, a menina morava com seu pai, na zona rural da cidade, local onde foi registrado o ataque. O enterro aconteceu no domingo.
Testemunhas contam que essa não foi a primeira vez em que a menina, que estudava na Escola Municipal de Ensino Básico (Emeb) Bráulio José Valentim, foi atacada pelo aracnídeo. Após sofrer o ataque, a estudante foi encaminhada à Santa Casa de Mogi Mirim
Por meio de nota, a Assessoria de Imprensa do hospital informou que Rayssa deu entrada na última sexta, no período noturno, e que, por recomendações médicas, precisou ser transferida para o Hospital das Clínicas de Campinas, porém não resistiu e faleceu.
O hospital não informou o motivo da morte, alegando que não forneceria mais informações por se tratar de um caso envolvendo uma menor de idade.
Soro nem foi solicitado por médico, diz Vigilância
“Não existe e nunca existiu essa informação de que o município não tinha soro”, defendeu a médica responsável pela Vigilância em Saúde da Prefeitura, Anamaria Rímoli Gzvitauski. “A menina entrou na Santa Casa em estado grave e o médico daqui entrou em contato com o Centro de Controle de Intoxicação da Unicamp em Campinas e eles, em comum acordo, decidiram por transferi-la para lá”, explicou.
Segundo ela, por deliberação do colegiado de municípios que são coordenados pela Diretoria Regional de Saúde de São João da Boa Vista, há anos os soros não são distribuídos para cada cidade, mas sim, permanecem em um único local, no caso, na Santa Casa de Mogi Guaçu, para atendimento de toda a região.
“Concluiu-se que era um desperdício manter esses soros em cada uma das cidades, então fica em um único ponto, onde são controlados a quantidade do estoque”, explicou. Para este caso, o soro antiescorpiônico nem chegou a ser solicitado.