Mogi Mirim registrou, na semana passada, a primeira morte por meningite deste ano. A informação foi divulgada pela Vigilância Epidemiológica (VE) nesta semana. A vítima é uma mulher, de 48 anos, que não teve o nome divulgado. De acordo com a Santa Casa de Misericórdia, este foi o primeiro caso confirmado atendido neste ano no hospital, sendo os outros apenas suspeitas.
A VE informou que neste ano, foram seis notificações da doença e quatro delas foram confirmados. Comparando com 2013, foram oito casos notificados e apenas dois confirmados, fazendo com que a incidência da doença dobrasse no comparativo deste com o ano passado.
Quando há suspeita de meningite, o paciente é submetido a vários exames, e a partir da suspeita, é encaminhado para um espaço isolado, em uma enfermaria ou em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), separado de outros pacientes, por se tratar de uma doença infectocontagiosa.
Em casos de meningite, o tipo do tratamento depende das causas da doença, que determina o tempo necessário de isolamento e alta variando de acordo com a resposta clínica do paciente.
ENTENDA A DOENÇA
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devida sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos, e no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão.