terça-feira, maio 6, 2025
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Mescla de gerações envolve o título do Martim Francisco

A conquista da Copa José Romildo Camilo Ramalho “Nenê” de Futebol Rural pelo Martim Francisco, concretizada no domingo, com a vitória sobre o Pombal, na casa do adversário, foi envolvida por uma mescla de gerações.

O elenco campeão foi formado por atletas com histórico antigo com o Furacão do Distrito, como o goleiro Du, os volantes Chiquinho e Gustavo e o meia Dirceu. Um símbolo dos laços estreitos com o clube foi o veterano lateral Michele. “O Michele com 41 anos entrou e deu o passe pro gol, a vontade, o grupo fechado e unido fazem a diferença”, celebrou o capitão Chiquinho, que lembrou ter sido campeão pela primeira vez com o Martim quando ainda tinha 13 anos, na década de 90, jogando ao lado do hoje quarentão Michele.

Michele foi escalado para o segundo jogo da final em função da suspensão de Fofinho e brilhou com grande atuação e um passe para o primeiro gol da equipe. O atleta, que já havia abandonado o futebol rural, admite ter sido especial. “Eu não tava nem querendo jogar e falei que ia assinar para colaborar com a molecada. E infelizmente o menino ficou suspenso e acabou sobrando para eu jogar. Foi um título com gostinho especial”, reconheceu.

Aos 41 anos, Michele teve participação importante na decisão. (Foto: Diego Ortiz)
Aos 41 anos, Michele teve participação importante na decisão. (Foto: Diego Ortiz)

Somado aos nomes experientes, a agremiação contou com duas revelações, os atacantes Guilherme e Breno, que foi o artilheiro da competição, com 13 gols “Esses dois são brincadeira, são amigos fora de campo e dentro mostraram o que podem fazer”, destacou o técnico Júnior. “Futebol é isso, já estou com 29 anos, tem um pessoal com idade avançada e tem o pessoal que está vindo, a renovação é muito importante para o Martim”, festejou Du.

Artilheiro, Breno simboliza a nova geração do Martim Francisco. (Foto: Diego Ortiz)
Artilheiro, Breno simboliza a nova geração do Martim Francisco. (Foto: Diego Ortiz)

A escolha dos dois nomes sem vínculo com a zona rural, liberados para cada clube pelo regulamento, foi fundamental para a conquista. O Martim assinou o experiente zagueiro Polaco e o meia Iago. Decisivo, Iago participou de todos os gols das finais enquanto esteve em campo. Fez dois e deu uma assistência na ida, vencido por 3 a 1, e foi o autor do passe do segundo gol na volta vencida pelo placar de 2 a 1. No primeiro gol, ainda não estava em campo, pois chegou atrasado e entrou com 15 minutos de jogo.

Relações familiares também envolvem o Martim, que tem os irmãos Du e Dirceu. Homenageado com o nome da competição, o presidente Nenê é pai do capitão Chiquinho. “É um grupo de amigos, sempre unidos, vibrando, a turma fala de Rural, mas é muito difícil essa p… aqui”, desabafou Du.

Dirceu admitiu motivação especial pelo fato da Copa levar o nome de Nenê. “Nossa, foi uma dedicação maior para a gente levar de presente esse troféu não só pra ele como para todo mundo de Martim Francisco”, vibrou.

Chiquinho, ao lado do pai Nenê e do irmão Lucas, diretor do clube. (Foto: Diego Ortiz)
Chiquinho, ao lado do pai Nenê e do irmão Lucas, diretor do clube. (Foto: Diego Ortiz)

Nenê não segurou a emoção com o título. “Não tem jeito de explicar, é uma alegria e tanto. Meu filho jogando, o outro (Lucas) na diretoria. Eles estão me ajudando a manter o Martim”, ressaltou, comemorando ainda o fato de a paz ter sido preservada: “Foram dois jogos de exemplo, no Rural a turma fala que sai briga, não teve uma discussão, nem lá e nem aqui, futebol tem que trazer amizade, alegria e não tristeza”.

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