sábado, novembro 23, 2024
INICIALColunistasMeus pêsames às moções de pesar

Meus pêsames às moções de pesar

Caros leitores, meus pêsames. Para quem acompanha as ordinárias da Câmara de Mogi Mirim sabe que o final delas termina sempre igual – um minuto de silêncio em respeito e consideração com os familiares dos mortos mais recentes. E não é que até isso deu o que falar no final dos trabalhos legislativos desta semana.

É que o vereador Cinoê Duzo questionou o porquê das moções de pesar, como são chamadas essas homenagens póstumas, não foram passadas para os vereadores assinarem. Geralmente, como é de praxe, todos os 17 edis assinam todas as “moções de falecimento”.

“Quero me referir às moções de pesar. Há um acordo de cavalheiros, desde a Legislatura passada, que, independente do autor, todos assinassem. Peço que seja reafirmado esse acordo de cavalheiros”, colocou na mesa o petebista.

O colega Gebê se apressou em responder.

“Não é norma nem regra todos assinarem as moções de pesar, nem as outras. Fui procurado por uma família que recebeu uma moção de pesar dizendo que não aceitava a moção porque tinha um vereador que não era querido da família. Então, como moção é uma coisa muito pessoal, eu tomei a liberdade de pedir para a presidente [Sonia Módena] para que isso não ocorresse mais nesta Legislatura [a assinatura de todos nas moções de pesar]”.
Tiago Costa não deixou por menos e colocou mais lenha na fogueira.

“Tem gente que tem contato com funerária e recebe todos os dados [de forma privilegiada]. Estamos falando de perda de um ente querido. Então nada mais justo que todos assinem as moções de pesar. Uma coisa simples. Tem gente que mal falece e já tem o dono da moção de pesar. Acho justo que todos assinem e se uma família não gostar de um ou outro [vereador] ela rabisca lá o nome ou sei lá o quê. Respeitando a opinião do vereador [Gebê], mas tem gente que quer ser o pai [da criança] até nessas horas. Misericórdia”.

Que as moções de pesar, tão importante para os nobres, sejam encaminhadas sem assinatura de nenhum deles. Que sejam impessoais. Sejam, sim, institucionais.

Por hoje, só sexta que vem.

RELATED ARTICLES
- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments