Esquiadora e corredora de provas de montanha, além de já ter sido patinadora, a atleta Mirlene Picin, hoje cursando Educação Física, se aventura agora como professora de skate de 20 adolescentes do Badi Comunitário, uma Organização Não Governamental (ONG) de Mogi Mirim. O projeto é uma parceria da ONG com o Centro de Referência Especializado em Promoção Social (Creas) da Prefeitura.
Mirlene já havia sido instrutora de esqui no exterior e trabalhou em um projeto social em São Paulo. Agora no skate, revela o prazer em ver a evolução dos garotos. “É muito legal ver esses jovens que antes mal sabiam o que era skate, equilibrando-se e andando bem”, observa.
Mirlene explica não ter estranhado a mudança da neve para o skate, pois já utilizou esquis com rodas para treinar em ruas de Mogi Mirim. “Já fiz snowboard, patinação de velocidade no gelo, mas também curto o skate”, contou.
Para dar início às aulas, o Creas adquiriu 12 skates e capacetes. A atleta ganhou outros dois capacetes e aceita novas doações também de skates, joelheiras e cotoveleiras. “É possível fazer trabalhos espetaculares mesmo com poucos recursos”, afirma.
O skate é visto ainda como uma porta de entrada para outras modalidades esportivas. “Mesmo com pouco tempo de convivência, já vejo alguns talentos nesse grupo, não só para o skate, mas para modalidades olímpicas”, afirmou.
A atleta lembra que o projeto está sintonizado com resoluções tomadas em congressos da Unesco Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que incentivam a iniciação dos jovens em esportes.