A atleta Mirlene Picin foi a terceira melhor entre 32 brasileiras na 119ª edição da tradicional Maratona de Boston, nos Estados Unidos, na segunda-feira. Considerada a maratona das maratonas, a mais antiga realizada anualmente no mundo, a prova teve a segurança reforçada em função do atentado a bomba na disputa de 2013, que deixou três mortos e 264 feridos. A maratona, que contou com 30 mil participantes de todo mundo, foi marcada pela chuva, vento e temperaturas oscilando entre 2ºC e 5ºC.
Mirlene completou os 42 quilômetros em 3 horas, 23 minutos e 42 segundos. A melhor brasileira foi Kamilla Ponte, que em sua quarta participação em Boston registrou 3 horas, 2 minutos e 30 segundos. A campeã foi a queniana Caroline Rotich, com tempo de 2 horas, 24 minutos e 55 segundos. “Boston é a maratona mais desejada pelos corredores por exigir índice para fazer a inscrição”, destacou Mirlene, que conseguiu o direito de competir por ter corrido uma maratona no ano passado com tempo abaixo de 3 horas e 30 minutos, em Porto Alegre. Na ocasião, sua primeira maratona, registrou 3 horas e 25 minutos. A prova de Boston foi a segunda maratona tradicional de Mirlene, a primeira internacional de corrida.
Mulheres
Até 1972, a Maratona de Boston era destinada apenas aos homens. Porém, em 1966, Bobbi Gibb conseguiu driblar a organização e participar. Em 1967, Kathrine Switzer conseguiu, além de competir, ter um número de inscrição, pois se inscreveu com as iniciais de seu nome, já que não havia definição de gênero. Após a largada, foi percebida sua presença, a organização tentou impedi-la de continuar, mas a atleta foi protegida pelo namorado, que também competiu, e por outros corredores e conseguiu concluir.
