Mogi Mirim, mais uma vez, foi representada em competições de neve na Europa. Recordista de medalhas em Sul-Americanos entre todas as brasileiras, a atleta desafiou mais uma vez as provas no “Velho Continente”, mas com um ingrediente diferente: a nova rotina causada pela pandemia.
Ela chegou à Europa no dia 27 de dezembro e ficou na base de treinos, situada em Obertilliach, na Áustria. Neste período, passou por nove testes de Covid-19 para ingressar nas bolhas.
Nos cinco países em que passou, a testagem estava entre as exigências máximas para o ingresso nas chamadas “bolhas de competição”. As mudanças de planos, porém, era constantes.
A cada 30 minutos, como disse a atleta a O POPULAR, haviam alterações no planejamento em decorrência de cancelamentos, protocolos novos, lock-down e até fronteiras fechadas.
Garantias e certezas? Poucas! Ainda assim, encarou sete provas de biatlo, sendo cinco em Arber, na Alemanha, referentes ao calendário da IBU Cup 2021. “Participei ainda de outras duas provas no Campeonato Europeu de Biatlo 2021, em Duszinik, na Polônia.”
Entre as disputas, ainda ocorreram duas de ski cross country, validas pela Austria Cup e pelo ranking internacional da modalidade da FIS (Federação Internacional de Ski). Na prova de 10 quilômetros, foi a 18ª colocada, marcando 241 pontos FIS.
É com resultados como estes que ela ganha motivação para a sequência dos campeonatos. Foi a primeira vez, desde dezembro de 2019, que a atleta pontuou em competições de neve. Na prova curta de 1,2 quilômetros, a mogimiriana foi a 14ª colocada, anotando 394 pontos FIS.
As provas de biatlo, segundo a atleta, foram complicadas para ela pela questão do tiro. “Atirei mal em todas as provas e o nível das IBU Cups aqui na Europa está equiparado às Copas do Mundo e campeonatos mundiais”.
Mika frisou, porém, que o desempenho ficou dentro do esperado nas provas de ski cross country. Neste esporte de resistência, os atletas percorrem variadas distâncias com esquis e impulsionados por bastões, em duas diferentes técnicas: a clássica e a skating.
Enquanto está à espera do início de outros campeonatos, a atleta segue a preparação. “Sem competições agora, muitas delas foram canceladas por conta da pandemia”, explicou a esquiadora.
Toda a espera será válida, pois, a partir deste domingo, 21, tem início o Campeonato Mundial de Ski Nórdico 2021. O evento acontecerá até o dia 7 de março, em Oberstdorf, na Alemanha.
A mogimiriana entrará em ação na quarta-feira, 24, com os cinco quilômetros na distância skating e no dia seguinte, com um sprint de 1,4 quilômetro no estilo clássico.
Desta forma, a competidora chegará à sua sexta participação em campeonatos mundiais. A primeira vez que ela representou Mogi Mirim e o Brasil foi em 2009, na Liberec, na República Tcheca.
Oslo, a capital norueguesa, foi o segundo desafio, em 2011. Já em 2013 ela esteve no Mundial de Val Di Fiemme, na Itália. Em 2015, disputou a competição em Fallun, na Suécia.
A última participação da mogimiriana ocorreu em 2017, quando o torneio teve como sede a cidade de Lathi, na Finlândia. Em 2019, Seefeld, na Austria, foi o palco da competição, mas a atleta não participou devido a uma lesão.
No calendário dos esportes de neve desde 1925, o Mundial, atualmente, é promovido a cada dois anos. As próximas edições já contam com sedes definidas. Em 2023, Planica, na Eslovênia, será a anfitriã e, em 2025, Trondheim, na Noruega.
Olhando para a versão que se inicia em breve, Mika deu destaque especial. “Entre muitos acertos, e tantos outros erros, o trabalho segue, pois o evento mais importante da temporada está por vir”.
Crédito da foto: Arquivo pessoal