Com o novo cenário pós pandemia, os eventos esportivos estão retornando, aos poucos, no estado de São Paulo e em todo o Brasil. As provas ainda são realizadas com número reduzido de participantes, protocolos de higiene, largadas com distanciamento, sem cerimônia de premiação, etc.
Diante deste “novo normal”, Mirlene Picin venceu duas competições de corrida no último final de semana. No sábado 28, fez o melhor tempo na Batalha do Mairiporã, uma corrida de montanha de 12 quilômetros. De acordo com a mogimiriana, a prova tem um perfil altimétrico exigente, com quase 900 metros de altimetria acumulada, sendo o ponto mais alto de passagem dos atletas o Pico do Olho D’Agua.
Mirlene registrou o tempo de 1h21min40seg, sendo 10 segundos mais rápida que a segunda colocada, que competiu no domingo. “Esse formato causa estranhamento no primeiro momento, mas é como a organização do evento tem conseguido aprovar os protocolos de segurança e distanciamento. Os atletas têm o sábado e do domingo durante todo o dia para largar e competem contra o relógio”, relatou Mika.
Quem larga no domingo tem a vantagem do conhecer o melhor tempo realizado no dia anterior. Também há influência climática. No sábado, competiram embaixo de chuva forte, muita lama e temperatura mais fria. O domingo foi completamente oposto. Durante os dois dias de prova, cerca de 250 atletas competiram.
Mais
No domingo, 29, Mirlene disputou um evento totalmente diferente, com cinco quilômetros de corrida de rua, realizado no City America, no Parque Toronto, São Paulo. A mogimiriana foi novamente a campeã, desta vez com largada de todos os atletas juntos de maneira convencional, mas com máscaras no início da competição. Mika cruzou a linha de chegada em 20min39 seg, dois minutos e 50 segundos à frente da segunda colocada.
Neste ano de 2021, o foco da atleta é no ski. Mas com a impossibilidade de competir na neve nestes meses de agosto e setembro, usou as corridas como treinamento e exercício de competição. O planejamento, desde o início do ano, era de competir no Sul-Americano de ski cross country e biathlon, ambos esportes olímpicos de inverno, nas etapas do Chile e da Argentina, mas a pandemia e as fronteiras fechadas, a impossibilitaram de competir.
“No Chile, todos os eventos foram cancelados, mesmo para os atletas chilenos. Já na Argentina, só quem vive no país pode competir. Minha última largada foi em 27 de fevereiro, no Mundial de Ski Nórdico na Alemanha. É muito tempo sem competir, por isso utilizo as corridas de rua e montanha. Era assim antes mesmo da pandemia, entre um inverno e outro, uma maneira que funciona para me manter motivada e com foco”, explicou.
“Largar em 2 dias consecutivos ou mais, é comum pra mim, já que no ski, as competições sempre acontecem com várias provas dentro do mesmo evento e em dias consecutivos também”, completou.
As próximas competições da atleta local acontecem em São Carlos, de 14 a 19 de setembro, sendo a primeira etapa do Circuito Brasileiro de Rollerski 2021.
O evento, que é a versão de verão do esporte de neve ski cross country, acontece no Brasil desde 2015. Neste ano, a primeira etapa, que deveria ter acontecido em julho, foi adiada para setembro por conta da pandemia.
Crédito da foto: arquivo pessoal