A segunda-feira, 18, de fato, foi de agitação em assuntos distintos na Câmara. Afinal, também estavam presentes representantes do diretório municipal do PT de Mogi Mirim e de movimentos como a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade. Eles foram à Casa de Leis motivados a defender Ernani Luiz Donatti Gragnanello, que é presidente do PT local e secretário de Serviços Municipais.
É que constava no expediente da 30ª sessão ordinária de 2023 uma moção de repúdio (nº 293/2023) ao Partidos dos Trabalhadores (PT) de Mogi Mirim, na pessoa do seu presidente, em razão das manifestações em redes sociais do órgão partidário municipal “de apoio aos movimentos que protagonizaram a invasão da propriedade pública estadual no Horto Vergel”.
O caso ocorreu no dia 12 de agosto, em uma área verde, de 350 hectares, Assentamento 12 de Outubro, em Vergel, região rural da cidade, próxima à Rodovia SP-147 “Monsenhor Clodoaldo de Paiva”. “Sabemos da importância da luta de nossos companheiros do Acampamento Chico Pitada, para garantir seus direitos à terra e a uma vida digna, dentro da legalidade e responsabilidade com o espaço ocupado”, destacou o PT em nota oficial.
Os vereadores que procuraram falar em defesa à moção assinada por Joelma praticamente não conseguiram discursar, tamanha era a manifestação dos presentes em favor de Ernani. Ao final, a votação da moção foi adiada, devendo constar no expediente da sessão ordinária de segunda-feira, 25, porém, os membros do FNL e do PT prometeram retornar à Câmara.
O movimento que eclodiu em agosto, no Vergel, foi liderado pela FNL. Logo depois, a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo – “José Gomes da Silva” – (Itesp) tentou conciliação entre as partes, com abertura de prazo para a desocupação, sem sucesso. O caso chegou ao Fórum local, que deu ganho de causa ao pedido de reintegração de posse, sob pena de multa aos ocupantes.
