terça-feira, abril 22, 2025
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Mogi e seu cenário de desolação

Mogi Mirim parece viver um período de trevas interminável. Mesmo com a troca de governos, as ações tomadas até o momento, ainda que importantes, são pequenas se comparadas aos cenários de desolação que a cidade vem colecionando desde a gestão de Gustavo Stupp (PDT). Problemas que vão desde a falta de manutenção dos espaços públicos, como as praças centrais, por exemplo, até o comprometimento de serviços básicos. Nesse ponto, entra a questão da limpeza do município, uma constante e intensa reclamação dos mogimirianos.

O setor do transporte público também não fica muito atrás quando se fala em ineficiência. Embora a Expresso Fênix Viação Ltda., empresa que teve recentemente a anuência do Poder Executivo para substituir a Santa Cruz Transportes, mostre um cronograma animador, de recuperação e modernização da frota de ônibus, será um árduo trabalho a readequação dos pontos.

Na última edição, O POPULAR trouxe uma reportagem a respeito da situação em que se encontram os pontos de ônibus da cidade. Muitos estão identificados somente por um pedaço de ferro fixado à calçada e um pequeno metal. Outros, enferrujados, descoloridos e até pichados. Há ainda aqueles que não têm um abrigo e tampouco assento.

Voltando ao tema das praças públicas. A tão prometida revitalização da Praça Rui Barbosa deve ser concluída dessa vez? Ou seria essa mais uma manobra para palanque político? Mais do que um cenário bonito, a praça precisa voltar a ter vida, ser novamente ponto de integração entre as pessoas, o que pode ser possível se for estabelecido nesse espaço um cronograma de atividades culturais periódicas e não somente em datas comemorativas e finais de ano.

A Rui Barbosa precisa ser lembrada e cuidada no Natal e também nos demais 11 meses do ano, afinal ela pertence a todos os munícipes, não sendo exclusiva de um grupo de comerciantes que trabalham em seu entorno. Outra praça abandonada, e que se mantém de escanteio, é a Floriano Peixoto, o Jardim Velho. Nesse caso, o cenário é ainda pior e mais entristecedor. Com uma igreja histórica e restaurantes ao redor, tudo que se vê são bancos quebrados, canteiros sem jardins, postes sem iluminação e monumentos carentes de preservação.

É fácil e cômodo apontar os problemas, mas não distante está a solução quando a vaidade é deixada de lado e sobra boa vontade, disposição, espírito e noção de viver em comunidade. Todos esses apontamentos precisam, de fato, da atuação do Poder Público, contudo o sucesso só será completo se houver a colaboração da sociedade. A vida é via de mão dupla, não única.

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