Mogi Mirim está entre as 100 melhores cidades do país entre 5.565 municípios brasileiros no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), estudo divulgado esta semana pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e intitulado como o Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil em 2013. A cidade acumula taxa média de 0,784 na classificação, considerado como alto desenvolvimento humano. O índice tem como base indicadores de saúde, renda e educação. Levando-se em conta toda a população do país, o IDHM é de 0,727, considerado alto.
O órgão fez o levantamento entre os anos de 1991 e 2010. A medição vai de 0 a 1: quanto mais próximo de 0, pior o desenvolvimento humano e quanto mais próximo de 1, melhor. Dados do Censo Demográfico de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também são contabilizados.
Da média de 0,784, o município recebeu 0,879 de longevidade, 0,767 de renda e 0,715 para educação. Inserido na educação, que no país registrou queda no índice, o estudo aponta requisitos como percentual da população de cinco a seis anos que frequentam a escola; de 11 a 13 anos que já concluíram ou frequentam anos do ensino fundamental; de 15 aos 17 anos com ensino fundamental completo; de 18 a 20 anos com o ensino médio completo; 18 anos ou mais que tenham o ensino fundamental finalizado e ainda esperança de vida ao nascer e renda per capita média média. O Pnud alterou os critérios de avaliação do índice, atualizando os dados de outras duas pesquisas anteriores com base nestes novos critérios.
Para se ter uma ideia da boa posição de Mogi Mirim, cidades vizinhas, como Mogi Guaçu, que possui população superior, se encontra apenas na 185º posição, com IDHM de 0,774. Itapira está ainda mais abaixo, na 335º colocação, com índice de 0,762.
Estado
Em todo o Estado de São Paulo, o índice alcançado foi de 0,783. Ao lado de Mogi na tabela e com o mesmo IDHM, aparecem os municípios de Jaguariúna, Santa Fé do Sul (SP), Ribeirão Pires (SP), Ivoti (RS), Santa Maria (RS), Salto Veloso (SC), Arujá (SP), Timbó (SC) e Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.
Na região metropolitana de Campinas, que engloba 19 cidades, sem Mogi Mirim, o avanço foi de 43% em 20 anos, passando de 0,541 para 0,775, na classificação, subindo de baixa para alta na avaliação. Mesmo assim, o número registrado fica abaixo de Mogi.
A melhor cidade na região de Campinas foi Valinhos, que ficou na 12ª colocação nacional com índice de 0,819. Logo depois aparecem Vinhedo, na 13ª posição (0,817), Americana, na 19ª (0,811) e Campinas, na 28ª (0,805), o mesmo de São Paulo, Porto Alegre e São Bernardo do Campo. A cidade que encabeça o topo do ranking no país é São Caetano do Sul, que registrou índice de 0,862.
Esta é a terceira vez que o órgão ligado a Organizações das Nações Unidas desenvolve a pesquisa a respeito da situação dos municípios nacionais.
Na última posição no ranking do IDHM está a cidade de Melgaço, no Pará, que obteve índice de 0,418 e tem o desenvolvimento humano considerado muito baixo. Com 24.808 habitantes de acordo o IBGE, está localizado a 290 quilômetros da capital de Belém, sendo que a única entrada da cidade é por via fluvial.
O que é o IDHM?
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal é o índice que permite comparar municípios brasileiros entre si, e com base no censo do IBGE leva em conta a expectativa de vida ao nascer, educação e renda per capita. Nas últimas pesquisas havia apenas três faixas de IDHM. Agora, são cinco, que variam de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, o município é considerado desenvolvido.
No IDHM de 2013 o indicador de educação foi calculado com uma nova metodologia. Antes, eram levados em conta a taxa de alfabetização dos adultos e a taxa bruta de frequência à escola.
Agora, esse indicador se tornou mais exigente e passou a considerar os adultos com ensino fundamental completo e até que ponto crianças e os jovens frequentam ou completam determinados ciclos da escola com a idade adequada.