Além de vislumbrar chegar à etapa decisiva do Campeonato Paulista, o Mogi Mirim encara o desafio de permanecer na elite no Estadual mais difícil dos últimos tempos para os clubes do interior, com o aumento do número de rebaixados de quatro para seis times.
Se não bastassem as dificuldades externas, o Mogi Mirim convive com seus próprios problemas, em parte gerados por uma guerra pelo poder envolvendo os ex-parceiros Luiz Oliveira e Victor Simões. A disputa atrasou o planejamento, retardando contratações e o início da pré-temporada, além de ter dificultado as melhorias necessárias no CT e no estádio. Outro problema foi a lentidão nas inscrições, deixando o técnico Toninho Cecílio com apenas dois zagueiros para a estreia. Dois zagueiros que chegaram a ser apresentados deixaram a agremiação, Adriano Alves e Leandro Amaro.
Para superar os obstáculos, o clube tem a experiência de Toninho, que atuou na montagem do elenco explorando a bagagem como gerente de clubes como o Palmeiras, e do auxiliar-técnico Marcus Vinícius, ex-gerente da Ponte Preta. Como gerente, Toninho venceu o Paulistão pelo Palmeiras em 2008. De quatro Paulistas como treinador, chegou à fase final duas vezes, uma delas no ano passado, quando pegou o XV de Piracicaba na zona de rebaixamento e o conduziu para as quartas de final. Em 2010, chegou à semifinal com o Grêmio Prudente.
Além do treinador, o Sapo conta no elenco com uma série de jogadores formados na base de grandes clubes, como o zagueiro Saimon, ex-Grêmio, e o meia Lulinha, ex-Corinthians, que não estão disponíveis para a estreia, e o atacante Roni, ex-São Paulo. Outro nome de expressão é o volante Wendell, ex-Palmeiras. O meio-campo ainda tem a liderança do volante Josa, que ergueu a taça de campeão paulista como capitão do Ituano em 2014 e agora será o dono da braçadeira no Sapão. “É uma equipe que quando for exigida no máximo, vai responder bem, vai jogar sem medo, que é uma coisa que eu exijo”, garante o técnico.
Toninho coloca como meta muito mais do que simplesmente se manter na elite. “É importante sempre ter a meta mais alta possível, não se colocar limites. Tem que fazer uma campanha boa, tentar a classificação em primeiro lugar. Mas é imprevisível. Eu não posso falar de título agora, é precipitado, mas ele precisa estar nos nossos objetivos. A gente tem que respirar isso”, apontou Toninho.
Perfil
Para o treinador, o torcedor pode esperar um time buscando a vitória a qualquer preço. “Uma equipe formada por atletas obstinados, ambiciosos, preparados e humildes. O Mogi vai ter que ter uma cara e a cara é essa”, resumiu, lembrando ter priorizado na montagem os fatores mobilidade, força e ocupação de espaços, investindo em uma equipe mais leve.
Sapo estreia diante do Audax, neste domingo, às 11h
O Mogi Mirim estreia no Paulistão neste domingo, às 11h, diante do Audax, no Estádio Romildo Ferreira. Os ingressos custam R$ 20, com meia-entrada de R$ 10.
O técnico Toninho Cecílio deve escalar a base da equipe que venceu os três jogos-treinos no período de preparação, contra União Barbarense, Grêmio Osasco e Santo André.
O goleiro é Daniel. Nas laterais jogam Alex Reinaldo pela direita e Bruno Teles, pela esquerda. A zaga é o setor com mais problemas. Apenas dois zagueiros estão inscritos para a estreia, Paulão e Gabriel Dias. Titular na etapa de jogos-treinos, Bruno Costa não foi inscrito a tempo de estrear, assim como Renato Santos e Saimon, que chegaram depois.
No meio de campo, devem jogar três volantes, Josa, Bruninho e Wendell, com Gustavo de meia. Ortigoza será o centroavante. Em virtude de dores, Léo Artur é dúvida no ataque. Se não puder jogar, Ruster deve ser o substituto.
