Na tarde de quarta-feira, dia 3, às 17h, foi aberta, na Estação Educação, a exposição fotográfica chamada Recortes de Uma Vida, comemorativa aos cem anos de Orlando Bronzatto, o Pintaca. A exposição foi organizada pela filha de Pintaca, Rosana Bronzatto e por Aurora Prado, com suporte de Nelson Theodoro Júnior e os secretários da Prefeitura, Flávia Rossi e Marcos Dias, e faz parte das comemorações referentes ao aniversário de Mogi Mirim, comemorado em 22 de outubro. A exposição, que conta a história da vida de Pintaca, grande influente em Mogi Mirim em diversas áreas, principalmente no setor da comunicação, e que faleceu em 2005, ficará aberta ao público, que tiver interesse em visitar, durante todo o mês, depois a intenção é levá-la para outros locais.
Na abertura da exposição, uma descrição sobre o que o público poderá encontrar durante a visita, nas palavras de Rosana. “Orlando Bronzatto, o Pintaca, tinha o cuidado de fazer registros para a posteridade e fotografava a maioria dos eventos, em tempos em que a fotografia era um hobby caro. Seu acervo de mais de 500 fotos arregimenta cenas de inauguração de prédios, da passagem de políticos, padres, cônegos, monsenhores e bispos, logradouros e personalidades da arte e do futebol (…). Pintaca se destacava nos trabalhos relativos à comunicação, como se vê nos artigos dos jornais, para os quais assinou colunas e artigos durante décadas, do Serviço de Alto-Falantes Vitória, do Cine Vitória, do Cine-Rádio e do Cine São José. A sua menina dos olhos foi a ZYR-26 – Rádio Cultura de Mogi Mirim, emissora que fundou em sociedade com Acésio Godoy Gomes”.
A exposição está dividida por setores, no caso, biombos, que estão recheados de informações sobre a vida de Pintaca. Tem o setor que trata sobre sua origem, a infância, o período escolar, a sua participação no Tiro de Guerra e no time Bola Preta, do bairro Cubatão, além de sua paixão pelo Mogi Mirim Esporte Clube, a fundação da Rádio Cultura de Mogi Mirim, seu primeiro emprego como menino de recados em A COMARCA e muito mais.
Outro texto, chamado Pintaca, o Desbravador, localizado também na entrada da exposição, é de autoria do jornalista Argemiro Cifuente Repas, escrito em 1992, e que diz: “O Pintaca integra, honrosamente, a galeria dos homens que não viajaram pela vida como simples espectadores. Ele foi protagonista e encenou os lances de uma maratona vivida num percurso de meio século. O Pintaca, hoje, é uma história personalizada na trajetória de muitos fatos edificantes de Mogi Mirim. Um bem patrimonial que a cidade sabe identificar como soldado que lutou no batalhão de vanguarda de várias gerações”.
A filha de Pintaca, Rosana, contou ao O POPULAR que tinha a intenção de realizar algo neste ano para homenagear Orlando e que foi durante a reunião, sobre os festejos municipais referentes aos 250 anos, que surgiu a ideia de promover a exposição. A ideia surgiu na quinta-feira da semana passada e, na sexta-feira, os preparativos foram iniciados. Rosana tem um extenso arquivo em seu escritório organizado para as colunas que escreve no jornal A COMARCA e que se chama Pintaca e Rosana, em que são expostos materiais que fazem parte do acervo de Orlando Bronzato. Segundo ela, são cerca de quinze pastas grandes e cheias de materiais dividos e organizados “domesticamente”, como descreveu Rosana.