Mogi Mirim vive uma fase difícil. Essa não é apenas uma frase, mas sim uma constatação que, todos os dias, até os mais otimistas precisam admitir. Isso porque a população enfrenta, a todo momento, os mais diversos descasos do Poder Público, seja com a falta de recursos na área da saúde pública ou ao dirigir por ruas e avenidas esburacadas.
A situação anda tão absurda que, ultimamente, nem mesmo os semáforos, principalmente da região central, dão conta de funcionar. Ficam oscilando entre o vermelho, o amarelo e o verde, problema que já protagonizou alguns acidentes. A Prefeitura, depois de muita cobrança, chegou a providenciar o reparo, mas os aparelhos, volta e meia, entram em pane.
Fato é que a cidade está carente de manutenção, em todos os aspectos: na limpeza, nas unidades de saúde e até mesmo nos sinais de trânsito. É inadmissível os motoristas, além dos pedestres, todos contribuintes, não terem a garantia de sequer atravessarem um cruzamento com segurança. O caos só não é maior porque o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), para o qual a Prefeitura deve mais de R$ 9 milhões, acaba assumindo algumas responsabilidades, como tapar buracos de algumas vias e avenidas.
Em enquete realizada por O POPULAR, 58% dos internautas acreditam que a prioridade do novo prefeito de Mogi Mirim, a partir de 1º de janeiro de 2017, é realizar uma auditoria na Prefeitura. A opção “Melhorar a Saúde” ficou com 23%, seguida de “Melhorar a Segurança”, com 19%. Isso significa, sobretudo, que a população quer, e tem direito, de saber onde o dinheiro destinado aos impostos é aplicado. Se os recursos forem bem empregados, consequentemente, as melhorias aparecem em todos os setores.
Mas, quando nem mesmo os serviços básicos são garantidos, o que se pode esperar de melhor de uma administração que, até então, não levou em conta o interesse do cidadão? São problemas que marcam o atual governo como um dos piores da história do município. O fato acaba virando até mesmo motivo de deboche.
Semanas atrás, em debate entre os candidatos a prefeito, realizado na Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm), o eleito Carlos Nelson Bueno (PSDB) criticou a postura de Stupp, ao dizer que não seria por menos a cidade estar nesse pé, já que “entregaram a Prefeitura para alguém que não sabe dirigir uma moto”.
Na sessão de Câmara, na segunda-feira, o vereador Osvaldo Aparecido Quaglio (PSDB) foi certeiro ao dizer: “ninguém vai sentir saudade de Gustavo Stupp (PDT)”. O município está prestes a celebrar seu aniversário, no dia 22 deste mês, em total decadência.
