sábado, novembro 23, 2024
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Mogi deverá ganhar museu com acervo de mais de 1.000 peças do mundo todo

Imóvel localizado à Rua Dr. Ulhoa Cintra deve ser tombado com a finalidade de se transformar em um museu. Foto: Divulgação

O prefeito Paulo Silva (PDT) recebeu, no dia 22, a visita do ex-diretor da Câmara Municipal e membro do CEDOCH (Centro de Documentação Histórica), Valter José Polettini, e do autônomo Sidnei Cirilo de Oliveira Sá (foto de capa).

A visita oficial teve por objetivo requerer o tombamento de um imóvel localizado à Rua Dr. Ulhoa Cintra, com a finalidade de transformá-lo em um museu.

De acordo com o laudo técnico assinado pelo arquiteto e urbanista, Hamilton José Turola, o imóvel é um patrimônio histórico do município, uma vez que estima-se ter mais de 100 anos, contando com detalhes originais, ornamentos e elementos construtivos de estilo arquitetônico eclético.

Os novos proprietários do imóvel, Valter e Sidnei, já protocolaram na Prefeitura o requerimento para tombamento do prédio.

Se aprovado e autorizado pelos Conselhos Municipais e pela Câmara de Vereadores, a ideia é iniciar a revitalização de todo o imóvel, inclusive com um projeto de ampliação que garanta acessibilidade ABNT NBR 9050/2015 e permita ampla circulação pelos ambientes, atendendo à Lei Municipal de Mobilidade Urbana 341/2019 e às normas do Plano Diretor vigente.

O projeto para transformar o imóvel em museu contempla 1 hall de entrada, 5 salas de exposição, 1 cafeteria, 3 banheiros, 1 biblioteca (com acervo de mais de 600 livros de arte de todo o mundo), 1 espaço multiuso, 1 edícula e 1 área de armazenagem no piso superior destinada à reserva técnica.

“Pretendemos transformar aquele imóvel em um espaço cultural completo. A ideia é montar um museu com exposições permanentes e temporárias, além de oferecer oficinas pedagógicas de cunho artístico, cultural e educativo para os mogimirianos que têm potencial artístico, mas não têm condições financeiras de custear cursos de formação e aprimoramento. Portanto, é também uma iniciativa de cunho social, que preconiza dar oportunidades e garantir a inclusão”, explicou um dos idealizadores do projeto, Valter José Polettini.

A ideia é que o museu seja também um museu-escola, descobrindo os talentos locais e dando o devido encaminhamento artístico a eles.

Como contrapartida, a Prefeitura deve garantir o tombamento e autorizar a isenção de impostos e taxas municipais, sempre com o consentimento dos Conselhos Municipais e Câmara de Vereadores.

“Acredito que Mogi Mirim precisa preservar seu patrimônio histórico e valorizar as expressões artísticas. Esse projeto idealizado por mim e pelo Sidnei vem ao encontro a isso. Acreditamos que não adianta termos um acervo com mais de 1.000 peças de todo o mundo, se não pudermos compartilhar e disseminar a cultura para as outras pessoas. Temos que deixar todo esse acervo acessível e, assim, contribuir para a valorização das artes no nosso município”, comentou Polettini.

No encontro com os idealizadores do projeto, o prefeito demonstrou todo seu apoio à iniciativa.

“Este é um presente que vocês estão dando à Mogi Mirim. É uma iniciativa inédita que vai contribuir muito com a formação artística e cultural de nossa cidade, descobrindo e valorizando os talentos locais”, destacou o Prefeito.

Embora não haja um prazo para a aprovação do projeto de tombamento do imóvel e consequente início das obras, os idealizadores estimam que, a curto prazo, o museu com acervo de mais de 1.000 peças, já esteja em plena atividade em Mogi Mirim. (Da Redação)

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