Em 1874, o governo realizou um Censo Demográfico na Província de São Paulo, atual Estado, com o mapa censitário apontando as populações dos 52 municípios existentes na época. A população total da província era de 837.354 habitantes, sendo que os quatro maiores municípios eram:
1º lugar – Campinas, com 31.397 habitantes
2º lugar – São Paulo, com 31.364 habitantes
3º lugar – Itapetininga, com 25.797 habitantes
4º lugar – Mogi Mirim, com 21.468 habitantes
Mogi Mirim e Campinas tiveram seu desenvolvimento alicerçado na agricultura do café, que era a maior riqueza do Brasil em 1874. A liderança de Campinas baseava-se nas ricas plantações do ‘ouro negro’, como também Mogi Mirim devia ao café seu grande desenvolvimento na época, estabelecendo-se como o quarto mais populoso e rico do território paulista.
Era formada por mogimirianos a grande parte dos acionistas e fundadores da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, com seus cafeicultores liderando a iniciativa de construção dessa ferrovia para agilizar e baratear o transporte das crescentes safras da rubiácea. As duas cidades, Campinas e Mogi Mirim, ostentavam a mais sólida e pujante economia do território paulista.
Se Mogi Mirim e Campinas deviam seu progresso ao café, este devia seu reinado aos anônimos vassalos, os escravizados, que trabalhavam duramente nos campos, plantando, adubando, carpindo, colhendo, secando, beneficiando, ensacando, moendo. A sofrida mão de obra cativa enriquecia barões e coronéis donos dos extensos cafezais das duas cidades.
Campinas possuía o maior número de escravos da província – 13.685, representando cerca de 44% dessa população de 31.397 habitantes. O mesmo aconteceria com Mogi Mirim, que de sua população de 21.468 habitantes, 5.006, ou 23,32% era constituída de escravizados, o quarto maior contingente paulista. Esses dois fatores – o café e a mão de obra cativa – deram a Mogi Mirim e Campinas a fase áurea e esplendorosa de suas existências.
Entretanto, o reconhecimento e gratidão pelo trabalho generoso dos escravizados não foram iguais nas duas cidades. Enquanto Campinas se mostrava renitente em manter seus escravos, sem libertações, Mogi Mirim constitui-se, de certa forma, em um exemplo, libertando a todos no dia 4 de março de 1888, através de movimento liderado por cafeicultores e donos de escravizados, em cerimônia oficial e definitiva perante cerca de 1.000 pessoas presentes no Largo da Matriz (atual Praça Rui Barbosa), aplaudindo e dando vivas à liberdade e aos abolicionistas mogimirianos, 70 dias antes da publicação da Lei Áurea.
PRECEITOS BÍBLICOS
“O que trabalha com mão displicente empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece. A bênção do Senhor é que enriquece e não traz consigo dores”. (Prov.10, 4-22)
TÚNEL DO TEMPO
Em 2 de novembro de 1824 foi dado posse ao coronel José da Silva Lisboa no cargo de comandante militar de Mogi Mirim. A portaria de nomeação diz: “O fim é fazer cessar as contínuas mortes, ferimentos, roubos e outras desordens que tem sido perpetradas”.
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos
Pontos de venda em Mogi Mirim
– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso
Pontos de venda em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
– Banco do Porta – Av. 9 de abril