terça-feira, novembro 19, 2024
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Mogi Mirim e Campinas: censo de 1874 – Nº 763

Em 1874, o governo realizou um Censo Demográfico na Província de São Paulo, atual Estado, com o mapa censitário apontando as populações dos 52 municípios existentes na época. A população total da província era de 837.354 habitantes, sendo que os quatro maiores municípios eram:

1º lugar – Campinas, com 31.397 habitantes
2º lugar – São Paulo, com 31.364 habitantes
3º lugar – Itapetininga, com 25.797 habitantes
4º lugar – Mogi Mirim, com 21.468 habitantes

Mogi Mirim e Campinas tiveram seu desenvolvimento alicerçado na agricultura do café, que era a maior riqueza do Brasil em 1874. A liderança de Campinas baseava-se nas ricas plantações do ‘ouro negro’, como também Mogi Mirim devia ao café seu grande desenvolvimento na época, estabelecendo-se como o quarto mais populoso e rico do território paulista.

Era formada por mogimirianos a grande parte dos acionistas e fundadores da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, com seus cafeicultores liderando a iniciativa de construção dessa ferrovia para agilizar e baratear o transporte das crescentes safras da rubiácea. As duas cidades, Campinas e Mogi Mirim, ostentavam a mais sólida e pujante economia do território paulista.

Se Mogi Mirim e Campinas deviam seu progresso ao café, este devia seu reinado aos anônimos vassalos, os escravizados, que trabalhavam duramente nos campos, plantando, adubando, carpindo, colhendo, secando, beneficiando, ensacando, moendo. A sofrida mão de obra cativa enriquecia barões e coronéis donos dos extensos cafezais das duas cidades.

Campinas possuía o maior número de escravos da província – 13.685, representando cerca de 44% dessa população de 31.397 habitantes. O mesmo aconteceria com Mogi Mirim, que de sua população de 21.468 habitantes, 5.006, ou 23,32% era constituída de escravizados, o quarto maior contingente paulista. Esses dois fatores – o café e a mão de obra cativa – deram a Mogi Mirim e Campinas a fase áurea e esplendorosa de suas existências.

Entretanto, o reconhecimento e gratidão pelo trabalho generoso dos escravizados não foram iguais nas duas cidades. Enquanto Campinas se mostrava renitente em manter seus escravos, sem libertações, Mogi Mirim constitui-se, de certa forma, em um exemplo, libertando a todos no dia 4 de março de 1888, através de movimento liderado por cafeicultores e donos de escravizados, em cerimônia oficial e definitiva perante cerca de 1.000 pessoas presentes no Largo da Matriz (atual Praça Rui Barbosa), aplaudindo e dando vivas à liberdade e aos abolicionistas mogimirianos, 70 dias antes da publicação da Lei Áurea.

Antigo prédio da Escola Técnica de Mogi Mirim, na Rua José Bonifácio, no ano de 1948.
PRECEITOS BÍBLICOS

“O que trabalha com mão displicente empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece. A bênção do Senhor é que enriquece e não traz consigo dores”. (Prov.10, 4-22)

TÚNEL DO TEMPO

Em 2 de novembro de 1824 foi dado posse ao coronel José da Silva Lisboa no cargo de comandante militar de Mogi Mirim. A portaria de nomeação diz: “O fim é fazer cessar as contínuas mortes, ferimentos, roubos e outras desordens que tem sido perpetradas”.

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos

Pontos de venda em Mogi Mirim

– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
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Pontos de venda em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
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– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
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