Esposa vice-presidente, surto de caxumba, demissões de treinador antes da estreia e de técnico líder do campeonato… Episódios inusitados não faltam no Mogi Mirim Esporte Clube no período da administração do presidente Rivaldo Ferreira, iniciada em outubro de 2008. Diversos casos foram provocados pela gestão do clube e outros causados por fatores externos. Na coleção, é possível encontrar um pouco de tudo, como foto de Rivaldo apresentando a si mesmo e jogo cancelado pouco menos de uma hora antes do início. Anúncios de situações não concretizadas estão na lista, como a saída do presidente em 2013 e o retorno do nome de Vail Chaves ao estádio.
Camisa 11 é imortalizada e volta sem alarde – Sob a justificativa de homenagem a Rivaldo, que usava o número em sua primeira passagem pelo Mogi Mirim, a diretoria imortalizou a camisa 11, que deixou de ser usada no Paulistão 2009, o primeiro da nova gestão. Em 2011, por um descuido, Bruno de Jesus usou a 11 em um jogo. No Paulistão 2012, a 11 voltou sem alarde, mas em seu retorno ao time como jogador, em 2014, Rivaldo curiosamente optou pela 10.
Rivaldo dá nome do pai ao estádio – Em decisão polêmica, em 2010, Rivaldo decide homenagear o pai e troca o nome do estádio de Papa João Paulo II para Romildo Vitor Gomes Ferreira, na quarta denominação da história.
Surto de caxumba desfalca time – Em pleno Paulistão de 2010, um surto de caxumba desfalcou o Mogi Mirim. No total, oito atletas do elenco foram atingidos: Luís Mário, Léo, Rodolfo, Luizão, Baraka, Vina, Ricardinho, Nando e Leomar. Técnico Francisco Diá coloca caxumba como um dos motivos para má campanha do time.
Demissão de Davino antes de começar o campeonato – O técnico Roberval Davino foi contratado para comandar o time no Paulistão 2011, mas acabou demitido 15 dias antes da estreia após um atrito com Rivaldo na programação de amistosos. Na ocasião, Rivaldo se preparava para jogar pelo Mogi, antes de ir para o São Paulo. Na explicação, Rivaldo diz que a importância do técnico é apenas de 20% e 80% depende dos atletas, sendo que os treinadores às vezes até atrapalham. “Se pudesse nem teria treinador, mas tem que ter porque senão vira bagunça”, disparou o presidente.
Rivaldo divulga foto apresentando a si mesmo – Ao anunciar a participação no Campeonato Paulista de 2011, Rivaldo divulgou uma foto montagem em que aparecia na condição de dois personagens, o presidente de terno gravata e o jogador, assinando contrato, em uma brincadeira com o fato de encarnar duas funções.
Rivaldo vende carnês com promessa de jogar e não joga – Para o Paulistão 2011, foram vendidos carnês de ingressos com os jogos da competição com a frase de Rivaldo: “eu voltei, agora é a sua vez”. Porém, o atleta abandonou o time e disputou a competição pelo São Paulo.
Evento anuncia saída, mas Rivaldo fica – Um evento no Bristol Zaniboni Hotel em janeiro de 2013 anunciou a saída do presidente Rivaldo do Mogi Mirim e o empresário Hélio Vasone Júnior como novo mandatário. Apesar do anúncio, o negócio não estava concretizado e acabou naufragando. Rivaldo prosseguiu e Vasone acabou saindo após o Paulistão, com a dívida do clube com o empresário sendo paga com o direito econômico de atletas.
Vail Chaves é anunciado, mas nome não muda – No evento de seu anúncio como novo mandatário, Hélio Vasone anunciou o retorno da denominação Vail Chaves ao estádio do clube, resgatando o nome original. Apesar do anúncio e de parte da imprensa começar a utilizar Vail Chaves, Rivaldo vetou a mudança e, como continuou no clube, manteve o nome de seu pai. No serviço de som, o nome Romildo ao ser dito chegou a ser vaiado por torcedores.
Desnível em solo de trave surpreende – Notícia da existência de um desnível no solo onde fica a trave em frente ao setor das arquibancadas dos visitantes surpreendeu parte do elenco do Mogi Mirim em 2013. Como o solo baixou em um dos lados, a distância do chão para uma das traves acabou sendo maior em 10 centímetros.
CTs do clube passam para o nome do presidente – Como parte do pagamento de dívidas do Mogi Mirim com Rivaldo, os Centros de Treinamento do clube localizados em Mogi Guaçu e na estrada de Limeira foram transferidos para o nome do ex-jogador. A transferência feriu um compromisso assumido por Rivaldo de preservar o patrimônio do clube na transição da Família Barros para seu comando.
Mogi e Santa Cruz fazem “jogo fantasma” – Mogi Mirim e Santa Cruz se apresentaram no Romildão para jogar as quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro de 2013 em uma segunda-feira, após o Betim ser punido pela CBF e perder a vaga conquistada no campo, herdada pelo Sapo, que mesmo eliminado seguiu treinando esperando uma punição ao time mineiro. O Betim derrubou a liminar e o jogo foi cancelado menos de uma hora antes do início, com os jogadores já em campo. Mogi e Santa Cruz treinaram com o campo dividido e os torcedores tiveram o valor do ingresso devolvido.
Pai e filho jogam juntos – Em momento histórico, em partida contra o XV de Piracicaba pelo Paulistão 2014, Rivaldo joga pela primeira vez uma partida oficial ao lado do filho Rivaldinho, revelado nas categorias de base, na realização de um sonho de ambos.
Ofensa racial faz Mogi jogar em Itapira – Após a partida entre Santos e Mogi Mirim pelo Paulistão 2014, injurias raciais foram proferidas da arquibancada para o volante Arouca, do Santos. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) interditou o Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira e o Mogi teve que jogar contra o Paulista em Itapira. O clube ainda foi multado em R$ 25 mil, mas escapou de punição de perda de pontos.
Rivaldo medita e se aposenta aos 41, antes do jogo – Às vésperas de um jogo decisivo contra o Paulista, na luta do Mogi Mirim contra o rebaixamento, Rivaldo surpreende e anuncia a aposentadoria aos 41 anos, sem jogar o restante do Paulistão. A explicação foi a de que acordou durante a noite, meditou e resolveu que deveria parar.
Com Mogi líder, Rivaldo cogita tirar time da Série C – Assustado com a situação financeira do clube e reclamando da falta de apoio, Rivaldo ameaça sair e tirar o time da Série C do Campeonato Brasileiro de 2014, em pleno momento em que a equipe lidera.
Esposa de Rivaldo se torna vice-presidente – Após excluir seu ex-braço direito Wilson Bonetti da diretoria, Rivaldo conduziu a esposa Eliza Kaminski Ferreira à vice-presidência do clube, em eleição realizada em abril de 2014. Filho de Rivaldo, o jogador Juninho foi eleito presidente do Conselho Deliberativo.
Márcio Goiano é líder, mas é demitido – Com o Mogi Mirim na liderança do Grupo B da Série C do Brasileiro de 2014, Rivaldo surpreende demitindo o técnico Márcio Goiano. Antes, Goiano havia livrado o time do rebaixamento no Paulistão. Embora não admitido oficialmente, o motivo da demissão foi econômico.