Nesta série de artigos sobre a Mogi Mirim, de 1874, os dois assuntos de hoje referem-se à culinária dos mogimirianos, seus pratos principais, doces e bebidas. Focalizando também as diversões mais apreciadas, como os circos e teatro, congadas, entrudo e as corridas de cavalos no hipódromo da cidade.
O Cardápio dos Mogimirianos
Não existia, como hoje, o costume de fazer refeições fora de casa. A culinária da época era pouco variada: o tradicional arroz com feijão, ovos, frangos, carne de vaca e suínos, pratos à base de mandioca, saladas, quibebe, barreado, cuscuz, leitão à pururuca, peixes e aves silvestres. Doces: espera-marido, de abóbora, de leite, manjar e furrundu. Bebidas: cachaça, vinhos importados e cerveja fabricada na cidade. Em 1865, o Visconde de Taunay provou e elogiou a cerveja mogimiriana. É interessante notar que, ao invés do cafezinho, a bebida de consumo diário era o chá, acompanhado de biscoitos de araruta e polvilho.
Diversões
Faziam grande sucesso entre o povo os circos que, comumente, apresentavam-se na cidade, com espetáculos variados. Outro ponto de entretenimento era o teatro localizado na esquina da atual Rua Monsenhor Nora com a Praça Floriano Peixoto. Foi o primeiro de Mogi Mirim e fundado pelo padre José Joaquim de Oliveira Braseiros.
A principal diversão era a corrida de cavalos, na raia existente no local onde depois localizou-se o Campo da Aviação. Mas, para os escravos, a grande alegria estava reservada para a apresentação, no mesmo local, das rodas de semba ou samba, presenciadas, inclusive, pelo Imperador Dom Pedro II, quando esteve pela primeira vez em nossa cidade, em 1875. Também as congadas constituíam um dos grandes espetáculos da época.
No Carnaval, a diversão ficava com o entrudo e as bolinhas de cera, bisnagas de água e os banhos inesperados nos transeuntes, com baciadas de líquidos.
Livro
Atendendo a solicitações, informo que os livros Mogi Mirim, nascida da bravura dos bandeirante e A Escravidão e o Abolicionismo Regional encontram-se à venda na Livraria Toda, Papelaria Carimbo Express e Banca São José, da Praça Rui Barbosa.
Túnel do Tempo
Em 19 de novembro de 1928, tiveram início as obras de construção da nova Matriz de São José, usando o legado testamentário do Coronel João Leite do Canto, de trezentos contos de réis (R$ 300.000,00). Na primeira etapa, de 19 de novembro de 1928 até 31 de dezembro de 1929, foram gastos R$ 284.921,72.
Preceitos Bíblicos
“Irmãos, vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente se um tiver queixa contra o outro.” (São Paulo aos Coloc. 3, 12-13)
Legenda da Foto: Vista panorâmica da Praça Rui Barbosa, em 1948, clicada pelo fotógrafo Zizo. O círculo de Palmeiras Imperiais foi plantada em 7 de setembro de 1922 em comemoração ao primeiro aniversário da Independência do Brasil. Em 2022, completará um século, no bicentenário da Independência.